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A atmosfera na casa de Carol Gattaz e Rosa Maria estava carregada. O dia começara tranquilo, mas a tensão pairava no ar como uma tempestade prestes a estourar. Julia Kudis, a filha de 15 anos, estava em sua fase rebelde e tinha planos de ir a um show com os amigos, algo que não agradava nem um pouco suas mães.
**Cena 1: O Café da Manhã**
Na mesa do café da manhã, o clima era tenso. Carol estava revisando as táticas para o próximo jogo enquanto Rosa tentava manter uma conversa leve.
— Então, Julia, você já decidiu se vai ao treino hoje? — perguntou Rosa, tentando quebrar o gelo.
— Não vou ao treino! — respondeu Julia com desdém. — E não vou ao show também!
Carol levantou os olhos da folha que lia e olhou fixamente para a filha.
— O que você quer dizer com isso? Você não pode simplesmente faltar ao treino!
— Eu não quero jogar vôlei! — Julia disparou, levantando-se da mesa. — Eu quero ir ao show!
**Cena 2: O Conflito Explosivo**
As palavras de Julia ecoaram pela casa e Carol não conseguiu conter sua irritação.
— Como você pode dizer isso? O vôlei é parte da nossa vida! — disse Carol, levantando-se também.
— E o que eu sou? Apenas a filha das jogadoras? — Julia gritou, sentindo-se sufocada. — Eu não quero ser como vocês!
Rosa tentou intervir antes que a situação escalasse ainda mais.
— Espera um pouco! Vamos conversar sobre isso calmamente.
Mas Julia não queria ouvir. Ela se virou para a mãe e continuou:
— Você só quer que eu seja uma atleta como você! Mas eu quero ser diferente!
**Cena 3: A Decisão de Julia**
A discussão esquentou rapidamente. Carol gesticulava com raiva enquanto Rosa tentava manter a calma.
— Você está sendo egoísta! — afirmou Carol. — Nós sacrificamos tanto para te dar uma vida melhor!
— E eu sou grata por isso, mas não quero viver essa vida! — Julia retrucou, seu rosto vermelho de emoção.
Nesse momento, Julia decidiu que precisava sair daquela situação opressora. Ela pegou sua mochila e saiu pela porta sem olhar para trás.
**Cena 4: O Silêncio Após a Tempestade**
Após a saída de Julia, o silêncio tomou conta da casa. Carol e Rosa se entreolharam, percebendo que a briga havia ido longe demais.
— O que nós fizemos? — Rosa perguntou, seu olhar preocupado.
— Eu só queria que ela entendesse a importância do vôlei… — Carol disse, sua voz mais baixa agora.
— Eu sei… mas precisamos ouvir o que ela realmente quer também. Não podemos esquecer que ela é uma pessoa com seus próprios sonhos.
As duas se sentaram em silêncio, refletindo sobre as palavras de Julia e como poderiam encontrar um equilíbrio entre suas expectativas e os desejos da filha.
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