Reino Dividido

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A atmosfera no aposento particular do palácio de Kazekage era carregada de uma tensão palpável. Mikoto, com o coração dilacerado pela culpa e a compaixão, encarava Sasuke e Naruto, seus olhos fixos no amor genuíno que transparecia em cada olhar trocado entre os dois.  Após uma longa conversa, onde as palavras de Sasuke revelaram a dor de um coração aprisionado em um casamento imposto e a felicidade que ele havia encontrado ao lado de Naruto, Mikoto tomou uma decisão que mudaria o rumo de suas vidas.

"Meu filho", ela disse, a voz carregada de emoção, "Eu entendo. Eu vejo o amor que vocês compartilham e não posso mais ignorar a verdade. Vocês têm o meu apoio."

As palavras de Mikoto ecoaram no aposento, carregadas de um peso imenso. Para Sasuke e Naruto, a declaração da rainha de Konoha significava mais do que palavras. Era a libertação de um peso imenso, a promessa de um futuro livre de opressão.

Mikoto, consciente da ameaça que pairava sobre seus filhos, buscou a ajuda de Gaara, o Kazekage, um aliado estratégico e confiável. Juntos, elaboraram um plano meticuloso para proteger Sasuke e Naruto de Fukagu, um homem movido pela vingança e pela ambição.

A estratégia envolvia rotas de fuga secretas, esconderijos seguros e medidas de segurança reforçadas, garantindo que Sasuke e Naruto estivessem a salvo dos olhos de Fukagu.  Mikoto, com a ajuda de Gaara, mobilizou seus recursos e sua inteligência, criando uma rede de proteção para seus filhos.

A decisão de Mikoto de apoiar o amor de Sasuke e Naruto, e a estratégia elaborada com Gaara, representavam um passo crucial na luta por um futuro livre de opressão e preconceitos.  Era o início de uma nova era, onde o amor e a liberdade seriam defendidos com determinação e coragem.

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O sol da tarde se derramava sobre os jardins do palácio de Konoha, pintando as flores de tons vibrantes. Mikoto, com o semblante sério, caminhava em direção ao salão principal, onde Fukagu aguardava.  O peso da decisão que tomara a oprimia, mas ela estava decidida a seguir em frente.

"Fukagu," ela o chamou, sua voz firme, mas carregada de uma tristeza profunda.

Fukagu, sentado em seu trono, ergueu o olhar, seus olhos frios e implacáveis. "Mikoto, o que deseja?"

"Precisamos conversar," ela disse, aproximando-se do trono. "Sobre nós."

Fukagu franziu a testa, a impaciência transparecendo em seus gestos. "Não entendo. O que há para conversar? Estamos bem."

"Não estamos, Fukagu," Mikoto respondeu, sua voz firme. "Eu não sou feliz nesse casamento. Nunca fui."

As palavras de Mikoto caíram como um raio sobre Fukagu, que se levantou de seu trono, a fúria estampada em seu rosto. "O que está dizendo, Mikoto? Você está louca?"

"Não estou louca, Fukagu," Mikoto rebateu com firmeza. "Estou cansada de viver uma mentira. Cansada de um casamento que nunca foi baseado no amor, mas sim na obrigação e na tradição."

"Tradição?" Fukagu vociferou, a raiva em sua voz crescendo. "Você está questionando a tradição? Você está questionando o destino que nos foi traçado?"

"Eu estou questionando a minha própria felicidade," Mikoto respondeu, a voz firme. "E eu não vou mais me submeter a um casamento que me faz infeliz."

"Você está sendo insensata, Mikoto," Fukagu retrucou, os olhos brilhando de raiva. "Você está colocando em risco o futuro de Konoha, a estabilidade do reino."

"Eu não estou colocando nada em risco," Mikoto respondeu, a voz calma, mas firme. "Eu estou buscando a minha própria felicidade, e a felicidade do meu filho."

"Seu filho?" Fukagu perguntou, a voz carregada de sarcasmo. "Você se refere a Sasuke? O príncipe que fugiu com um plebeu? Você está apoiando essa traição?"

"Sasuke não traiu ninguém," Mikoto respondeu, a voz firme. "Ele apenas seguiu seu coração. E eu, assim como ele, vou seguir o meu."

"Você está sendo irresponsável," Fukagu acusou, a raiva em seus olhos. "Você está destruindo tudo o que construímos."

"Eu não estou destruindo nada," Mikoto respondeu, a voz firme. "Eu estou reconstruindo a minha vida. E eu estou livre para escolher o meu próprio caminho."

"Você não pode fazer isso, Mikoto," Fukagu implorou, a voz agora carregada de desespero. "Você não pode me deixar."

"Eu já te deixei há muito tempo, Fukagu," Mikoto respondeu, a voz firme. "Agora, eu estou me libertando."

"Você vai se arrepender disso," Fukagu ameaçou, a raiva em seus olhos. "Você vai se arrepender de ter me deixado."

"Eu não me arrependo de nada," Mikoto respondeu, a voz firme. "Eu estou livre."

Mikoto, com a cabeça erguida, deixou o salão principal, deixando Fukagu sozinho em seu reino de fúria e desespero.  Ela havia tomado uma decisão difícil, mas necessária.  Ela havia se libertado das amarras de um casamento infeliz.

O tempo, como um rio implacável, seguia seu curso, carregando consigo as consequências das decisões tomadas.  Algumas semanas se passaram desde que Mikoto, com a cabeça erguida e o coração cheio de esperança, havia anunciado sua separação de Fukagu.  O reino de Konoha, acostumado à rigidez da tradição, se dividia entre a surpresa, a indignação e a admiração pela rainha que havia ousado desafiar a ordem estabelecida.

Mikoto, com a ajuda de seus assessores e de um advogado renomado, havia cuidadosamente elaborado os termos do divórcio.  A lei, embora antiga e tradicional, reconhecia o direito de uma rainha à separação, desde que houvesse provas de um casamento infeliz.  Fukagu, apesar de sua fúria e de suas tentativas de resistir, não tinha argumentos para contestar a decisão de Mikoto.

Ele tinha direito a poucas coisas, apenas o que lhe era garantido por lei.  Mas, a mais importante delas, o trono, era de Mikoto.  Ela, como herdeira legítima, assumia o controle do reino, com a responsabilidade de conduzir Konoha para um futuro mais justo e próspero.

A notícia do divórcio se espalhou como um incêndio, chegando aos ouvidos de Fukagu, que se encontrava em um estado de fúria incontrolável.  Ele havia perdido tudo: o amor, o poder, o respeito.  A vingança, que antes era um desejo ardente, agora se transformava em uma obsessão, um monstro que o devorava por dentro.

"Eu não vou descansar enquanto não me vingar!" ele gritava, seus olhos brilhando de ódio.  "Mikoto e Sasuke vão pagar por isso!"

Fukagu, cego pela raiva, decidiu anunciar ao reino seu paradeiro e suas intenções.  Ele reuniu seus poucos aliados, aqueles que ainda lhe eram leais, e, em uma praça pública, fez um discurso inflamado, cheio de promessas de vingança e de um retorno triunfal ao poder.

"O reino de Konoha é meu por direito!" ele vociferou, sua voz carregada de ódio e desespero.  "Eu voltarei para reclamar o que é meu, e Mikoto e Sasuke pagarão por sua traição!"

A multidão, dividida entre a compaixão por Fukagu e o medo de sua vingança, ouviu em silêncio.  O anúncio de Fukagu, embora carregado de ameaças, não teve o efeito que ele esperava.  O povo de Konoha, acostumado à rigidez de Fukagu, havia se cansado de sua tirania.  Eles viam em Mikoto uma esperança de mudança, um futuro mais justo e próspero.

A separação de Mikoto e Fukagu havia sido um divisor de águas.  O reino de Konoha, dividido entre o passado e o futuro, aguardava o desenrolar dos acontecimentos, com a certeza de que a luta pelo poder estava apenas começando.





Notas finas:

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