Renascido (Metamorfos Bestas das Sombras #3)

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Quando Gaster saiu para encontrar ingredientes para seu feitiço, passei meu tempo andando de um lado para o outro, me estressando e contando a Sam as informações que ela havia perdido.

"A Besta das Sombras?" ela sussurrou-gritou, antes de fechar a boca com um estalo. Ela balançou a cabeça. "É insano demais até para pensar. Não entendo como você viveu essa vida, e tudo isso foi tirado de você."

"Gaster foi muito leve nos detalhes quando se tratou disso", eu disse, pensando bastante para me machucar, "e eu acho que é devido ao fato de que ele não estava lá para muita coisa grande que aconteceu. Aposto que ele não quer me dar nenhuma informação falsa."

"Por isso é que esta reversão de memória é importante o suficiente para arriscar a morte, certo?"

Ela parecia insegura. Eu não podia culpá-la, mas, assim como nosso amigo goblin, ela não tentou me dissuadir. Éramos todos adultos capazes de tomar nossas próprias decisões, e foi legal que eu não tivesse que explicar meu raciocínio para eles. Eles entenderam. E eu senti que ambos teriam tomado a mesma decisão.

Quando Gaster retornou, Sam e eu tínhamos recuperado vinte livros, os tomos quase intactos que pareciam ser sobre uma das grandes guerras fae, estavam empilhados ordenadamente por perto. "Oh, obrigado", Gaster gritou, apressando-se, seus braços cheios de pergaminhos e potes. "É mais do que devastador o que perdemos aqui. Conhecimento inestimável de dez mundos e milhares de anos."

Não é mentira, isso quase me fez vomitar. Shadow Beast tinha muito a responder, mesmo que ele não estivesse em seu perfeito juízo quando isso aconteceu.

"Agora, você tem certeza?" Gaster verificou uma última vez enquanto começava a espalhar seus itens no chão.

"Estou pronto", eu disse com convicção.

Eu realmente estava porque a alternativa era ir embora deste mundo sem todas as respostas que eu havia buscado e retornar para Torin e Torma. Passada difícil, pessoal.

"Vou precisar que você se deite neste círculo", disse Gaster, e percebi que em meros segundos, ele conseguiu traçar um círculo de imagens e símbolos de aparência muito complexa em giz branco. "Isso é chamado de esfera mágica", ele explicou, "e protegerá você e nós de qualquer coisa" - ele limpou a garganta - "que possa surgir na destruição deste vínculo em suas memórias".

Agourento, mas não surpreendente. Gaster não me pareceu um ser propenso a histeria, e não havia como esconder a preocupação genuína em sua voz enquanto ele falava sobre esse procedimento . A esfera mágica foi uma excelente escolha.

Sam estendeu a mão e agarrou minha mão enquanto eu passava. "Você consegue", ela sussurrou. "Eu sei que o que quer que seja jogado em sua direção, você vai pegar e jogar de volta com ainda mais força."

Retribuí o aperto. "Obrigada."

Nossos olhos se encontraram, e embora ela parecesse preocupada, a preocupação era consideravelmente menor do que a confiança inabalável em seu olhar. Ela pensou que eu poderia fazer isso, e eu estava determinado a provar que ela estava certa.

Quando eu estava pronto, me estiquei no círculo, achando que era do tamanho perfeito para mim. Um formigamento de poder percorreu minha pele, rápido, como eletricidade. Gaster continuou a esboçar imagens ao meu redor, e conforme ele se aproximava das seções finais da esfera mágica, a energia se acomodou em mim.

"A esfera está completa," Gaster disse, sua voz abafada, como se uma barreira literal existisse entre nós. "Prepare-se, Mera Callahan."

Fechei os olhos e segurei firme, cravando os dedos no chão. Havia pouca tração, mas ainda sentia como se fosse uma âncora, me mantendo no lugar. Gaster começou a cantar, as palavras aumentando de volume até ecoarem por toda a biblioteca.