A demanding and politically correct judge finds himself in a dilemma when he takes in the widow of his brother, with whom he has not lived since they were separated in childhood.
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O homem acomodou Yejin nos braços e a levou. Na saída, entrou com ela no carro. O corpo dela, desfalecido, ao seu lado, exalava o cheiro do incenso de rosa-branca. Mesmo aroma preferido de Jinwoo, seu amor falecido. O homem pousava um olhar frio sobre o rosto dela. Um olhar interrogativo. Queria desvendar o que havia através do relacionamento entre esta mulher e o homem da foto posto no altar da sala funerária. Uma curiosidade intensa o assolava. Ele e aquele homem morto tinham o mesmo perfil. Tinham o mesmo rosto, o mesmo porte de corpo. Havia um tempo que fazia uma investigação minuciosa sobre que talvez ele fosse seu irmão. Ambos tinham uma vida e rotina completamente diferente. Jinwoo dirigia uma moto de corrida, vivia de adrenalina, porem formado em medicina, sem nunca exercer a profissão. Casou-se com Yejin. A conheceu no Brasil, onde estava de passeio com o movimento internacional de viajantes motoqueiros. Ela também estava de férias nesta época visitando parentes no país. O pai de Yejin havia nascido no Brasil, quando jovem e formado em engenharia, voltou a Coreia do Sul e aí se fixou. Montou seu negócio próprio de conserto de motos e carros de luxo, depois que trabalhou numa empresa renomada de veículos. Casou-se com a mãe de Yejin, Yeo Jin, que morrera de câncer. Então, Teong Gong Ji, passou a levar a filha para o Brasil para conhecer os avós paternos e primos, assim não ficaria tão desemparada com a falta da mãe que acompanhou somente a infância dela. Na adolescência fez o ensino médio no Brasil. Depois retornou para Coreia do Sul com seu pai. Foi numa tarde, numa praia do litoral de São Paulo que viu Jinwoo pela primeira vez. Ele recostou a moto junto as outras, era sua segunda viagem ao país com o movimento. Ele avistou aquela mulher de cabelos soltos, pouco bronzeada do sol, de vestido curto estampado com flores, correndo e brincando entre a água e a areia, extrovertida como se fosse uma criança. Ele adorou observá-la, até que uma bola o atingiu. De repente a mulher estava a sua frente.
_ Desculpa, você está bem? - Yejin falou.
Ele a olhou encantado. Ela é linda. E de um carisma e atenção que ele não esperava.
_ Estou bem sim - respondeu. _ Você, quero dizer, a irmã é...
_ Eu sou sul-coreana, me chamo Yejin Gong Ji, também falo português.
_ Eu me chamo Jinwoo Han Kim. Sou sul-coreano e não falo muito português.
Ela não deixou de notar a beleza viril dele. Os dois soltaram risos. Ele pediu que ela fosse sua guia enquanto estivesse pela praia. Yejin o guiou, lhe fazendo companhia por três dias. Foi o bastante para trocarem contados e se seguirem nas redes. Um ano depois estavam namorando nas ruas de Seoul. Decidiram noivar oficialmente.
_ Por que você é tão alto? Eu não consigo chegar no seu rostinho lindo para dar pelo menos um selinho - risos.
_ A escola que estudei era ótima, oferecia muitas práticas de esporte, principalmente basquete e natação, então eu pulei muito e nadei muito.
_ Uau! Então é isso. Ótimo, bom - risos.
_ E você, minha Yeye, o que fez para ter uma boca com um sorriso tão lindo e uma risada gostosa de ouvir? - Jinwoo.
_ Hum, acho que herdei do meu pai e da minha mãe, foi o presente mais valioso que ela me deu. Minha mãe tinha uma boca linda e meu pai um sorriso de estrelas - disse emocionada.
O casal fazia quase tudo junto, sair, comer e beber fora, dançar juntos nas baladas, viajar e pilotar moto. O casamento foi um momento muito especial e marcante para os dois. Muitos amigos de vários lugares e países compareceram, a festa durou quase uma semana. Todos se divertiram e ficaram felizes. Uma bela homenagem com motos foi feita por alguns amigos motoqueiros. A viagem de lua de mel foi dada de presente pelos amigos fieis de Jinwoo. Foram para o Havaí.
Nos dias de lua de mel, ficaram hospedados num hotel rustico. Conversavam de forma poética sobre o mar, o sol, a areia, as pessoas e o lugar. Tudo estava perfeito. Até que um dia sem explicação, Jinwoo, enquanto caminhava sozinho de volta ao hotel, viu um homem, como se fosse uma réplica sua correndo na direção oposta. Primeiramente ficou confuso. Ficou mais confuso ainda quando homens mal-encarados o confundiram. Enganados, eles começaram o agredir, mas Jinwoo era bom em autodefesa. Ele conseguiu combater os homens e despistá-los.
