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"Na adversidade, a alma se forja e a verdade se revela."
– Friedrich Nietzsche

A carruagem balançava levemente, o som das rodas sendo a única coisa que se ouvia no silêncio angustiante

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A carruagem balançava levemente, o som das rodas sendo a única coisa que se ouvia no silêncio angustiante. Zayara permanecia inconsciente, seu rosto pálido e oscilando entre a vida e a morte. O ar em seus pulmões estava denso, sufocante, e seu corpo não respondia aos estímulos. O veneno da fumaça ainda tomava conta de suas vias respiratórias, e os batimentos cardíacos dela estavam fracos, quase inaudíveis.

Sungjin, sentado ao lado dela, não conseguia controlar a ansiedade que tomava conta de seu peito. Sua mente girava em um turbilhão de emoções, mas a mais forte era o medo. O medo de perdê-la. Ele segurava a mão de Zayara, seus dedos apertados contra os dela, na tentativa de fazer o tempo parar, de fazer sua respiração se acalmar. Mas o pânico ainda o consumia, um peso insuportável em seu peito.

William, sentado à frente, tentava manter o foco, mas a preocupação também o corroía por dentro. Ele olhava para Zayara, para o rosto sereno, e desejava que ela acordasse, que se levantasse e dissesse que estava bem. Mas o estado dela não mostrava sinais de melhora.

Sungjin fechou os olhos por um momento, tentando se acalmar, mas a pressão no peito era insuportável. Ele não sabia o que fazer, não sabia como salvar Zayara. Seu corpo começou a tremer, a respiração mais rápida e superficial, até que, finalmente, a crise de pânico tomou conta dele. Ele não conseguia respirar. O medo se transformou em um terror visceral, e ele gritou, mas a voz não saiu como ele esperava, um som sufocado, preso na garganta.

William, ao ouvir o grito de Sungjin, se virou rapidamente, tentando alcançar o amigo. “Sungjin, respire! Calma, respire!”, ele ordenou, a voz cheia de urgência. Mas Sungjin estava além de sua ajuda, seu rosto pálido e os olhos arregalados. William agarrou seus ombros, tentando forçar a calma, enquanto Zayara permanecia ali, como se estivesse alheia à agonia ao seu redor.

O tempo parecia se arrastar, os minutos se tornando horas. Mas, finalmente, o silêncio foi quebrado por um suspiro fraco. Zayara mexeu os dedos. Sua respiração começou a melhorar, lenta, mas perceptível. William imediatamente se inclinou, seu coração batendo forte, e segurou sua mão com mais firmeza. “Zayara?”, ele chamou baixinho, com esperança na voz.

Zayara abriu os olhos com dificuldade, o mundo ainda turvo à sua volta. Ela olhou para William, depois para Sungjin, que ainda estava tentando controlar a respiração, seu rosto pálido e angustiado. E foi então que, com a voz rouca e fraca, Zayara disse, mas o suficiente para os dois ouvirem:

“E você... Você que eu escolho... Sungjin... com todas as minhas forças.”

Sua voz mal se ouvia, mas as palavras foram suficientes para acalmar, ao menos por um momento, o turbilhão de sentimentos que os dominava. William, sem conseguir conter a emoção, segurou sua mão com mais força. Sungjin, aliviado por vê-la acordada, passou uma mão pelo rosto, tentando esconder a tristeza que ainda o consumia. O medo ainda estava ali, mas a certeza de que Zayara estava viva era um alívio imenso para ambos.

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