Duas metades - Apollo Mc e Tavin Mc

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"Don't want to be an American idiot

One nation controlled by the media"

American Idiot - Green Day

Mayara, ainda ofegante e cheia de adrenalina, sentiu uma mão firme segurando sua cintura e, instintivamente, virou-se bruscamente para ver quem era. Seus olhos se encontraram com Tavin, que a segurava para impedi-la de se envolver mais na briga.

— Me solta! — Mayara exigiu, tentando se desvencilhar do seu aperto. — Eu não preciso de ajuda pra dar um jeito nessa louca!

Tavin sorriu de canto, mantendo o tom calmo, mas firme.

— Relaxa, gata. Você já causou o suficiente, não acha? — Ele disse, ainda segurando-a com delicadeza, mas sem soltá-la completamente.

Mayara estreitou os olhos para ele, mas antes que pudesse responder, Mariana, que estava ao lado de Neo, tentou acalmar a situação.

— Meninas, já deu por hoje. Vamos embora antes que piore, — Mariana sugeriu, seu tom tentando soar racional, apesar do caos ao redor.

Carol, ajeitando o vestido e ainda tentando recuperar o fôlego, concordou.

— Sim, vamos. Essa festa já deu o que tinha que dar, — disse Carol, olhando para as amigas. Seu rosto ainda mostrava marcas da briga, mas ela estava determinada a manter a compostura.

As meninas concordaram em uníssono, mas assim que começaram a se afastar, os rapazes se entreolharam e se adiantaram para impedi-las de sair.

— Espera aí, — disse Neo, segurando o braço de Mariana. — Vocês não deveriam ir agora, ainda tem muita festa pra rolar.

Apollo, que ainda estava perto de Yasmin, também tentou intervir.

— Vocês não podem ir assim, do nada. Além do mais, essas festas podem ser meio perigosas à noite, ainda mais depois de uma briga dessas, — ele falou, tentando soar preocupado.

Carol, que até então estava focada em se recompor, parou e olhou para os rapazes com uma expressão desconfiada. Ela cruzou os braços e ergueu uma sobrancelha.

— E desde quando vocês estão tão preocupados com a gente? Mal nos conhecemos, — Carol disse, lançando um olhar desconfiado para Apollo e Tavin.

Apollo deu um passo em direção a Yasmin, tentando explicar sua atitude.

— Não é isso... só queremos garantir que vocês estejam bem, sabe? — Apollo falou, mas Yasmin já havia notado algo estranho naquele súbito interesse.

Ela cruzou os braços e sorriu de leve, tentando disfarçar a desconfiança.

— Eu agradeço a preocupação, mas nós sabemos nos cuidar, — Yasmin afirmou, olhando diretamente para Apollo. — Vamos embora, meninas.

Quando Yasmin deu um passo para sair, Apollo rapidamente segurou seu pulso, não de maneira agressiva, mas com um toque firme o suficiente para fazê-la parar. Ele a olhou nos olhos, e por um segundo, ela sentiu que havia algo mais naquele gesto.

— Antes de ir... — Apollo começou, hesitando um pouco. — Me passa seu número? A gente podia manter contato.

Yasmin arqueou uma sobrancelha, ainda surpresa com o súbito interesse dele. Ela ponderou por um momento, mas acabou cedendo.

— Tudo bem, — disse ela, Apollo então entregou seu celular a Yá e ela anotou seu telefone.

Ele sorriu, satisfeito, e soltou o pulso dela com delicadeza.

— Valeu, Yá. A gente se vê por aí, — disse Apollo, seu tom de voz mais suave agora.

As outras meninas também se despediram dos rapazes, com Carol ainda lançando olhares desconfiados para eles. Elas finalmente chamaram um Uber, e, após alguns minutos, o carro chegou. Entraram no veículo, todas exaustas e em silêncio, mas a tensão da noite ainda vibrava no ar.

Dentro do carro, elas trocaram olhares, mas ninguém disse nada. Estavam processando os acontecimentos da noite, e cada uma parecia perdida em seus próprios pensamentos. O caminho até o apartamento de Yasmin foi relativamente curto, e logo elas chegaram ao destino.

Ao entrar no apartamento, a primeira coisa que Yasmin fez foi suspirar, aliviada por finalmente estarem em casa.

— Que noite, hein? — disse ela, rindo nervosamente enquanto tirava os sapatos de salto.

— Acho que isso foi um pouco mais do que esperávamos, — comentou Mariana, se jogando no sofá.

Carol, que estava com o rosto ainda marcado pela briga, fez uma careta ao tocar os arranhões na bochecha.

— Eu vou tomar um banho, preciso relaxar, — disse Yasmin, indo em direção ao banheiro.

— E eu vou fazer um chá pra gente. Precisamos de algo pra acalmar os nervos, — disse Mayara, já indo para a cozinha.

Enquanto Yasmin tomava um banho quente, deixando a água levar embora a tensão da noite, as outras meninas começaram a relaxar na sala. Mayara preparava o chá, e Carol, apesar de ainda dolorida, tentava se recuperar no sofá.

Após o banho, Yasmin saiu do banheiro, já vestida com seu pijama confortável, e foi direto até a sala. Logo uma por uma foi para o banho e colocou seus pijamas.  Yasmin foi até Carol, que estava sentada no sofá da sala depois do banho.

— Deixa eu ver esses arranhões, Carol. Vou cuidar disso pra você, — disse Yasmin, pegando a pomada e o algodão.

Carol resmungou, mas deixou Yasmin cuidar dela.

— Ai, Yá... essa mulher me pegou de surpresa. Que loucura foi essa? — Carol comentou enquanto Yasmin limpava seus ferimentos com cuidado.

— Você provocou, né? — riu Mariana, se ajeitando no sofá ao lado.

— Eu? Nunca! — Carol respondeu com um sorriso travesso. — Só disse umas verdades. Se o namorado dela olha pra mim, eu não tenho culpa!

— Ai, Carol... — Mayara riu enquanto servia as xícaras de chá para todas. — Parece que você sempre atrai confusão, né?

Yasmin terminou de passar a pomada no rosto de Carol e suspirou, aliviada por a situação ter se acalmado.

— Bom, pelo menos a gente saiu inteira dessa, — disse Yasmin, rindo. — E ainda fizemos novos... amigos?

— Amigos? — Carol arqueou a sobrancelha. — Aqueles caras estavam muito estranhos. Por que tanta preocupação, assim, do nada?

Mariana riu, pegando sua xícara de chá.

— Talvez eles estejam apenas interessados em conhecer a gente melhor, não? — sugeriu ela, piscando.

— Ou talvez eles só queriam garantir que a gente não arranjasse mais confusão, — Mayara brincou, fazendo todas rirem.

Yasmin, apesar das risadas, ainda estava pensando em Apollo. O jeito como ele a segurou, o olhar dele... havia algo a mais ali. Ela não conseguia evitar o sentimento de curiosidade que começava a crescer dentro dela.