Parte 2 - Final

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Boa leitura!

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Passear pelas ruas tranquilas da freguesia, sentindo os últimos e quentes raios de sol acariciarem meu rosto, era uma experiência sublime. As tonalidades de amarelo, vermelho e laranja dominando o céu azul claro formavam a mais bela paleta de cores que eu já havia contemplado.

Respirei fundo, sentindo o ar fresco preencher meus pulmões e meu peito se expandir. Após um dia exaustivo, com pés doloridos e pernas dormentes, esse momento de paz era um alívio bem-vindo. Pelo menos, meu estômago estava saciado. Levar a palavra de Deus a mais de uma dúzia de lares, como diácono permanente da igreja do padre Naruto, era uma missão nobre, embora desgastante.

Foram os dois melhores anos da minha vida, anos ao lado de Uzumaki Naruto. Quase tudo foi perfeito desde então, exceto pelos dias em que desejei gritar ao mundo sobre nosso relacionamento. Dias em que quis abandonar tudo e levar Naruto para um lugar onde pudéssemos ser felizes, livres para expressar nosso amor.

Propus essa ideia mais de uma vez, mas Naruto não estava pronto para abandonar a vida que conhecia. Eu entendia e, mesmo assim, sentia-me feliz por estar ao seu lado. Esses dois anos foram os melhores da minha vida, mas, ocasionalmente, questionava se estava fazendo a coisa certa. Em raros dias, esses pensamentos me atacavam e eu me sentia um completo hipócrita.

Afinal, padre e diácono eram proibidos de ter relações sexuais. Mas, como resistir ao sorriso encantador de Naruto, ao seu abraço reconfortante todas as noites? Ele era perfeito, e tê-lo ao meu lado me fazia a pessoa mais sortuda do mundo. Nada mais importava.

Acelerando meus passos, ansioso para chegar à igreja, vislumbrei-a ao longe. O vento agitava meus cabelos e minhas vestes, e meu único pensamento era chegar até Naruto. Ao passar pelas grandes portas de madeira, parei para recuperar o fôlego. A igreja estava vazia, exceto por um diácono preparando o local.

Procurando por Naruto, perguntei ao diácono onde ele estava. No confessionário, foi a resposta. Caminhei até lá, onde um homem de meia-idade acabava de sair. Aproveitei o momento e, assim que Naruto apareceu, puxei-o para dentro. Nossos lábios se encontraram em um beijo faminto, e todo o cansaço do dia desapareceu.

Dentro da pequena sala, nossos corpos estavam próximos, e eu sentia cada curva de Naruto contra mim. Minhas mãos exploravam suas nádegas, e ele gemia suavemente. Seu toque, seu cheiro, tudo em Naruto era viciante. Naquele momento, nada mais importava além de nós dois, juntos, compartilhando um amor proibido, mas profundamente verdadeiro.

Sua necessidade era também a minha e eu começava a sufocar naquele espaço exíguo. Cada espasmo e tremor leve do corpo de Naruto, em resposta aos meus beijos e carícias, me deixava completamente insano.

Tão receptivo ao meu toque.

— S-Sasuke... — ele gaguejou quando soltei seus lábios e comecei a distribuir beijos pela sua mandíbula até chegar ao lóbulo da orelha.

— Senti sua falta, amor — disse, sem parar de acariciar seu traseiro.

Um gemido rouco soou como música para meus ouvidos.

— T-Também... — Naruto soltou um suspiro abafado seguido de um gemido — ...e-eu.

Afastando-me dele, contemplei a bela visão das suas bochechas coradas, olhos vidrados e lábios inchados pelas próprias mordidas.

Lindo, precioso e extremamente excitante.

Era impossível esperar até chegarmos ao quarto.

— De joelhos — ordenei com a voz rouca.

Priest | Sasunaru Onde histórias criam vida. Descubra agora