Dragon's Blood, hotd

[004]

Jacaerys e Edwina se encontram na biblioteca, cada um imerso em um livro.Os dois não haviam conversado desde o banquete na outra noite, os dois estavam em busca de distração principalmente depois da dança, os dois ainda sentiam os resquícios das sensações sobre as suas peles, o que fazia a atmosfera ser tensa, apesar do silêncio.

—Parece que temos muito a aprender um do outro, minha futura esposa.—jacaerys fala sem tirar os olhos do livro, com um grande teor de sarcasmo

—Com certeza. Eu, sobre política e intriga. E você, sobre como ser um dragão arrogante.—a voz da Homfen cheia de um sarcasmo exagerado chega em seus ouvidos como uma melodia doce e ao mesmo tempo afiada.

—Pelo menos eu tenho algo interessante para oferecer a essa união.—Ele retrucou levantando uma sobrancelha

Edwina fecha o livro com um baque, que faz o som reverberar pela biblioteca vazia

—E eu, a paciência dos deuses. Algo que você claramente precisa.— Ela bufa, quando escuta uma risadinha sair do lábios do moreno sentado no sofá escuro à sua frente. Uma breve pausa, enquanto ambos se encaram desafiadoramente. Jacaerys se levanta e caminha até a janela, olhando para o jardim.

—Sabe, a guerra é um jogo sujo. E nós, somos apenas peças nesse tabuleiro.—Ele comenta após muitos momentos em silêncio.

Aproximando-se dele, ela chega pensar em encostar sua mão no ombro do garoto em forma de apoio, ela não tinha ideia de como ajudar ele naquela situação, ela poderia até não gostar dele, mas não desejava uma guerra na família dele, principalmente agora que ela iria entrar para esta família.

—Peças poderosas, posso acrescentar. E peças que podem se tornar rainhas. —Ela sorri de canto.

—Ou serem sacrificadas.—Ele sussurrou, sua voz saiu como um fio, como se tivesse algo empacando ela de sair.

—Uma perspectiva otimista, como sempre.—Com um sorriso irônico ela responde, ela esperava mais do que menino que era o mais centrado durante a infância.

Jacaerys se vira para ela, um brilho de desafio em seus olhos. Os dois eram peças importantes no jogo dos pretos contra os verdes, eram os herdeiros do reino, o futuro daquela nação, e se separados já eram conhecidos por seus grandes feitos, juntos eles seriam gigantes.

—Mas juntos, podemos ser imbatíveis.—Ele dá um grande sorriso malicioso, de forma que a mente de Edwina viaja nele.

—Se você quiser. Mas não se engane, príncipe. Eu não confio em você.—Cruzando os braços em tom de desafio para ele.

—E eu em você. Mas a guerra nos obriga a trabalhar juntos.—Seus olhos demonstraram todo o descontentamento que ele sentia ao saber que teria que viver o resto da sua vida ao lado de alguém que ele nem sequer sente afeto.

Ambos se olham por um longo momento, a tensão pairando no ar. Então, Jacaerys se aproxima de Edwina e estende a mão. Ela desceu seu olhar até a mão que na noite anterior estava em sua cintura e lembranças da dança paiaram sua mente.

—Uma trégua? Pelo bem do nosso futuro reino?

Edwina hesita por um momento, antes de apertar a mão dele com firmeza. A aliança está selada, mas a desconfiança permanece.

—Lembra quando éramos crianças e construíamos castelos de areia na praia de Driftmark?—Ela encara a janela que antes o príncipe encarava, a conversa com ele despertou lembranças guardadas a sete chaves em sua mente.

—Sim, e você sempre os destruía para me irritar.—Ele revira os olhos, o que a faz sorrir

—Eu era a rainha dos castelos, e você apenas um príncipe sem reino.