PARTE 1: REVELAÇÃO

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Os humanos adoram ser o centro das atenções; seus deuses, seu planeta, suas regras, seus lugares, seus animais, sua água, seu, seu, seu... Tudo que existe parece se curvar à existência deles. Até mesmo a palavra "humano" é comumente usada para se referir apenas a espécie deles.

Há milênios os mortais tentam nos apagar de sua história como se fossemos insetos invasores em suas casas. Um erro, afinal, somos tão humanos quanto eles, a diferença é que possuímos algo que nunca poderão ter: imortalidade. Ou algo similar a ela.

Vampiros e não-vampiros existem desde que a magia governava estas terras e a distinção era mínima entre quem a possuía e quem não a possuía. Não há mais seres humanos ou não-humanos vivos que presenciaram essa época, mas há registros delas em tudo. Se pode sentir a presença da magia antiga na intuição humana, em suas aptidões, em suas criações.

Humanos ou não-humanos, não deveriamos estar tentando nos aniquilar, mesmo assim, enfrentamos pequenas guerras silenciosas por séculos, até que a maior delas estourou entre nós, e a mais sangrenta.

Quando o Grande Cerco começou, senti pavor pela primeira vez. Aquela sensação de que assistira todo o meu povo morrer nunca passou. E o sentimento de repulsa pela raça humana mortal começou.

Precisei de muito para não tomar gosto pela morte deles. Preciso de muito para não me tornar inimigo deles. E sei que irei precisar de muito para suportar me tornar Marcado com uma deles.

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⏰ Última atualização: Oct 03 ⏰

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