Eu segurava o braço de Jean passando pela multidão até sairmos daquele lugar, eu estava tonto, não só por causa do álcool que corria pelas minhas veias, mas também por conta das luzes piscantes da balada.
– graças a Deus a gente saiu – eu disse me apoiando em uma coluna que provavelmente servia para segurar a estrutura daquele imenso local
Jean apenas riu concordando, nos entreolhamos por alguns segundos. Senti meu rosto queimar, a timidez me consumia, desviei o olhar do olhos de Jean tentando disfarçar a vergonha que sentia no momento, mas o maldito percebeu e soltou uma risadinha sarcástica.
– quer ir em um barzinho aqui perto? – propus para Jean
– isso é um encontro? – Jean disse rindo
– não sei, será que é? – caminhei até ele e passei o braço por seu pescoço, Jean passou a mão direita por minha cintura e com a esquerda desocupada ele segurou minha mão que estava em seu ombro e riu.
E puta que pariu, que risada gostosa, sua risada era contagiante, provavelmente uma das coisas que fazia eu ama-lo.
Caminhamos pela estrada nessa posição que fazia nós dois parecermos um casal, mas pouco me importei, parecia que só existia eu e ele no mundo naquele momento. Nenhum de nós dois falávamos sequer uma única palavra, e o silêncio nos acompanhava pelas ruas de Belo Horizonte, mas não chegava a ser um silêncio constrangedor, longe disso, era mais um silêncio confortável, nos entendíamos só pelo olhar.
Chegamos ao local, era um ótimo estabelecimento, existia um ar romântico passeando por todo o lugar, talvez pela iluminação rústica e aconchegante, talvez pela música romântica que tocava ao fundo, ou talvez por só existirem casais bebendo e dançando.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A música Careless Whisper começa a tocar e eu reconheço na hora e começo a ficar animado.
– acho que isso é definitivamente um encontro – Jean ri
– cara essa música é muito boa! – digo entusiasmado
Jean apenas confirmar com a cabeça, eu lhe lanço um olhar um tanto quanto estranho na tentativa de ser sedutor, ele apenas ri me julgando sem abrir a boca.
– "i feel so unsure" – canto um verso da música – "as i takeyour hand, andleadyoutothe dancefloor. As the music dies" – segurei na mão de Jean enquanto cantava esse verso, Jean olhou para nossas mãos juntas e riu claramente envergonhado, também me surgiu um pingo de timidez ao perceber um casal que estava à mesa atrás comentarem sobre nós, Jean percebeu meu olhar sobre o casal ao fundo.
