[🍧☁️] onde lisa, uma garota apaixonada pela cor rosa, conhece rosé, a garota de cabelos cor-de-rosa que trabalha na sorveteria dos pais. ao decidir comparecer à sorveteria todos os dias após suas aulas, ela junta suas duas coisas favoritas: rosé e...
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acordar era uma tarefa complicada para lisa, e na mesma intensidade que era fácil organizar sua rotina após levantar, era extremamente difícil aceitar que precisaria sair da área confortável que era a cama para encarar o mundo real. isso acontecia mesmo nos feriados, como hoje. sair da cama era um saco, sempre foi, e era um saco todos os dias, sem exceções. ela nunca xingou tanto mentalmente em toda a sua vida, tudo isso porque o maldito despertador de roseanne não parava de fazer barulho e a de mechas rosas dormia feito uma pedra. isso causou o mau humor de lisa, e com as sobrancelhas enrugadas, ela se recusava a sair do colinho de sua rosie, firmando as mãos no pijama da garota adormecida.
o universo pareceu ter escutado suas orações quando ela viu a garota finalmente dar indícios de que estava acordando: as pálpebras tremulando, se movimentando mais vezes e deixando alguns suspiros de sono escaparem dos lábios rosados. a coloração posta ali atraiu os olhinhos de lisa, e se rosé estivesse acordada definitivamente, ela não hesitaria em beijá-la, mesmo temendo que aquela cor tão bonitinha pudesse sumir com seu beijo.
o mau humor matinal de lisa desencadeou duas coisas nela: a falta de vontade de falar, resultando em uma lisa temporariamente não verbal por escolha, e a necessidade de grudinho com rosé.
── bom dia, doce.
[...]
rosé não amenizou nem um pouco da raiva de lisa; pelo contrário, ela a aumentou e deixou sua pequena ainda mais emburrada.
o combinado seria levantar somente ao meio-dia, e rosé a tirou da cama uma hora mais cedo. tentava convencer a mais nova a lhe ajudar fazendo uma torta de morango e começou a preparar os ingredientes após ter terminado o café da manhã. elas comeram cereais com leite de morango, e a partir disso, você pode constatar que sim, o leite também era rosa, um rosinha bebê. e lisa amava. mas isso não foi o suficiente para trazer seu bom humor de volta.
a australiana ficou determinada a desfazer a carranca de sua bebê, então.
── tudo certo para começarmos a nossa torta? é a receita da minha bisavó, então espero que fique boa; seria decepcionante caso não ficasse. ── ela soprava as palavras, dando de ombros, ficando atrás de lisa e enlaçando os braços em sua cintura. a mais nova estava sentada em um dos banquinhos grandes frente à bancada, encarando todos aqueles ingredientes que iriam formar uma massa daqui a alguns minutos. ── anime-se, docinho. a gente pode descer e pegar sorvete quando terminarmos, que tal? ── lisa ia responder, mas foi pega de surpresa ao sentir o aperto em seu ventre aumentar e uma mordida ser desferida no lóbulo de sua orelha, aquela região tão sensível.
