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Não sabia a quanto tempo estava dentro daquele quarto, mas tinha certeza que já tinham se passado semanas, eu sentia falta do sol, mas era muito difícil olhar lá fora com as madeiras na janela.

Depois de todo esses dias trancada eu tive a certeza que morria de medo de ficar sozinha, e de lugares escuras, jamais vou esquecer essa experiência traumática.

Ao menos Leonardo permitiu que me trouxessem comida, Sophia vem aqui todos os dias trazer três refeições, tento falar com ela, mas a mesma nunca me responde.

A dias venho escutando uma voz feminina na casa, talvez Leonardo tenha trago Camilly de volta, ou estou a tanto tempo nesse quarto que possa estar delirando.

Estava deitada na cama, quando escuto alguém destrancar a porta, me levanto rápido e vejo um senhor de meia idade, vestido de braco com um jaleco e um estetoscópio no pescoço, e Leonardo o acompanhando.

____ Bom dia senhora Leone, sou Levi Pomodoro, sou o médico da família! ____ ele anuncia. ____ Seu marido me disse que não tem se sentido bem ultimamente, o que houve?

Olho para Leonardo com uma cara feia, que finge não me ver, volto a minha atenção pro médico e digo.

____ Tenho me sentido triste e desanimada doutor! ____ digo para ele. ____ Sei que com o meu problema não posso sair do quarto, mas adoraria ver a luz do sol! ____ digo entrando no teatro de Leonardo.

O doutor assente e escreve algo em seu caderninho, ele e Leonardo saem do quarto, depois que alguns minutos meu carcereiro retorna.

____ Vista alguma coisa, vamos no jardim! ____ Leonardo diz e sai.

Tento raciocinar o que ele disse, logo um sorriso se abre no meu rosto, me levanto rapidamente e visto algo simples, desço as escadas e vou correndo até o jardim. Sinto uma luz, com um calor agradável, brilhar no meu rosto, o Sol.

Vou até o canteiro de flores, e vejo que as rosas, que pedi para os jardineiros plantarem, já estavam desabrochando. Sinto o perfume delas, e um sorriso cresce no meu rosto.

____ A tempos eu não via o seu sorriso, meu amor! _____ escuto a voz macabra do Leonardo e me viro para ele.

____ Culpe a si mesmo por isso! ____ digo amarga.

____ Não seja assim, você provocou aquilo, você mesma se trancou no quarto! ____ ele diz jogando a culpa em mim ____ Se tivesse se casado comigo como prometeu, isso não teria acontecido!

____ Você é doente!

____ Pode até ser que eu seja sim... ____ ele se aproxima de mim. ____ Mas é com esse doente que você vai ficar então se acostume!

Viro o rosto, e me sento no banco mais próximo, ele respira fundo e vem até mim.

____ Sei que é difícil para você me aceitar, mas eu só estou te pedindo uma chance de te fazer feliz! ____ ele diz e meu peito aperta.

____ Não sei se consigo, você me machucou demais Leonardo! ____ digo em um sussurro.

____ Me dê uma oportunidade, só uma, que eu prometo não te decepcionar... ____ ele se ajoelha na minha frente e eu me assusto com seu ato repentino.

Penso um pouco e a dúvida me corrói, sempre dei uma segunda chance para as pessoas que erraram comigo, só não sei se Leonardo merece essa chance.

____ Posso pensar? ____ ele assente. ____ Enquanto isso posso sair daquele quarto escuro?

____ Claro que pode amore mio! ____ ele deposita um beijo na minha testa e me oferece a mão. ____ Venha, vou te levar ao seu quarto!

Estranho o que ele disse, mas o sigo, Leonardo me leva para um quarto na parte sul do corredor, quando abro a porta, vejo a luz dentro do quarto.

A Esposa PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora