CAPÍTULO V

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Sabe aquela sensação maravilhosa de sentir o coração acelerado, a pulsação forte, a respiração ofegante e uma constante alegria e felicidade?
Era exatamente assim que ela se sentia. Era como se estivesse vivendo no ápice, uma emoção surreal....era o sentimento que ela tinha toda vez que sabía que iria vê-lo. Era como se o mundo parasse por um momento e só existíssem os dois, numa bolha de felicidade e expectativa. Cada encontro era uma explosão de emoções, um turbilhão de sentimentos que a fazia sentir viva como nunca antes.
E Naquela manhã ao sair de casa, era assim que ela se sentia, viva.

Sentiu a minha falta? Espero que sim, porque eu estava louco de saudades de você meu amor!

– sim! e eu senti sua falta como uma louca! Não via a hora de poder abraçá-lo novamente, de beija-lo!

Santiago Ernandes, um rapaz simples que se tornou um sargento da Marinha de Rio Branco. Ele sempre foi uma pessoa humilde, dedicada à sua família e com grandes ambições.

Mesmo vindo de uma origem modesta
Santiago sempre teve seus desejos e metas bem definidos. Ele sabia o que queria e não media esforços para conquistar cada objetivo.

Sua família era de uma cidade distante e tinha poucos meses que ele avia chegando em Rio Branco, dividía um alojamento pequeno, mas acolhedor com amigo Afonso que também atuava como sargento.

Santiago tinha sua humildade, mas também era explosivo. Tinha seus defeitos e qualidades, mas uma das suas maiores virtudes era o amor por Eliza, a jovem que ele conheceu assim que chegou a Rio Branco.

Fiquei sabendo das coisas no dia do noivado com aquele tal de Martín, e confesso que fiquei com tanto medo de perder você.

– também tive medo. Medo de não conseguir enfrentar todos os obstáculos, principalmente a minha mãe. Tive medo de nunca mais poder vê-lo, de nunca mais poder tocá-lo, medo de ter que me afastar de você.

– Nunca, está me ouvindo bem? Nunca vão me afastar de você, sabe porquê? Porque eu te amo e quando se ama alguém como eu te amo, nada e nem ninguém pode nos separar.

– Eu sei meu amor, mas você sabe, as coisas com minha mãe lá em casa só pioraram ainda mais depois que eu rejeitei o pedido de casamento do Martín. Eu sinto que estou presa em uma situação complicada, onde tenho que lidar com as expectativas da minha mãe e as minhas próprias vontades.

– Olha Elisa, eu amo você mais do que minha própria vida e quero te ter sempre ao meu lado. Quero que seja a mãe dos meus filhos, mas a verdade é que sua mãe sempre vai interferir na nossa relação. E eu não vejo uma alternativa melhor do que fugirmos juntos!

– Não! Não posso simplesmente fugir e esquecer dos meus familiares assim. O meu pai está doente, lembra? Tenho responsabilidades e não posso abandoná-lo.

– Meu amor, sera só uma questão de tempo até nos casarmos e podermos voltar para Rio Branco juntos. Assim, você poderá ficar perto do seu pai sempre, sem que ninguém possa nos separar.

– Não posso simplesmente fugir e decepcionar o meu pai, ele ficaria arrasado. Além disso, tenho um carinho enorme pela minha tia Branca, não posso simplesmente abandoná-la. E eu também acho que fugir não é uma solução.

𝑶 𝑫𝑰𝑹𝑬𝑰𝑻𝑶 𝑫𝑬 𝑨𝑴𝑨𝑹Onde histórias criam vida. Descubra agora