𝑶 𝑫𝑰𝑹𝑬𝑰𝑻𝑶 𝑫𝑬 𝑨𝑴𝑨𝑹

CAPÍTULO IV

Existem noites em que parece que você está preso num ciclo de pensamentos negativos. É como se o mundo estivesse desabando ao seu redor e você não conseguisse encontrar uma saída.
E é incrível como em momentos como este, tudo parece estar em câmera lenta. Cada pensamento, cada emoção, tudo tão intenso. Aquela sensação de frio na barriga, o medo de encarar a realidade depois de uma noite tão complicada.

Naquela manhã a mesa do café tinha de tudo! Desde pães fresquinhos até frutas suculentas, avia uma variedade de queijos e frios, cereais crocantes e iogurtes deliciosos.
Além disso, havia opções saudáveis como aveia, granola e smoothies refrescantes. E não faltava doces como compotas e mel.

Eliza havia descido para a sala de jantar, e logo percebeu a expressão preocupada no rosto de todos. O silêncio era quase palpável.

– Bom dia!

a Sra. Salvatierra estava claramente chateada. A sua raiva e descontentamento eram evidentes.
Era incrível como a presença da filha naquela manhã na mesa do café a deixava completamente chateada.

Com certa elegância ela limpou delicadamente o canto da boca com um guardanapo de tecido e em seguida, levantou-se da mesa de forma educada e estava prestes a se retirar.

–Antes que você se retire da mesa Maura, Eu quero aproveitar para dizer que Ontem foi realmente lamentável o que aconteceu, mas que é importante que deixemos esse assunto para trás dentro desta casa, Estou deixando bem claro que não quero discussões ou questionamentos sobre o tema!

– Desculpe Rodolfo, mas não posso simplesmente ignorar o que aconteceu ontem. A Eliza passou de todos os limites! Ela precisa entender isso.

–Eu não quero saber, simplesmente Este Assunto está encerrado, Maura!

  Rodolfo Salvatierra, ou Sr. Salvatierra para alguns, é um homem verdadeiramente incrível. Mesmo enfrentando uma doença cardiovascular que o deixava frágil, ele nunca perdeu a sua força interior. Com uma idade já um pouco avançada e
Com um currículo impressionante como ex-tenente Coronel das forças policiais e ex-Almirante de esquadra da Marinha de Rio Branco, ele era realmente uma figura respeitada. Vindo de uma família rica e com um sobrenome de peso na cidade, ele era o patriarca da família Salvatierra e sempre manteve a ordem em casa.
sempre foi um homem de família, pai dedicado a seus dois filhos Eliza e Miguel, fruto de seu relacionamento com Maura, uma mulher ambiciosa, que muitas vezes colocava seus interesses acima da família.
Rodolfo, sempre demonstrou mais interesse pela sua filha mais nova, Eliza apesar de Também amar seu filho Miguel. mas a atitude do pai despertava em Miguel uma certa raiva, que por sua vez não fazia questão nenhuma de esconder seu descontentamento com a preferência do pai. Mas, por outro lado, Miguel sempre foi mimado por sua mãe, o que tornava a situação ainda mais complicada.
essa questão gerava constantes conflitos. O pai sempre cobrava do filho um posicionamento quanto a procurar um emprego, enquanto Miguel parecia não estar muito interessado nessa ideia.

– Miguel, como está a sua procura por um emprego? Tenho estado curioso para saber como tem lidado com essa situação. Não tem compartilhado nada connosco, e estamos todos curiosos.

– Ultimamente tenho tido alguns contratempos que me impediram de procurar

– Como pode dizer que teve contratempos Miguel, se você passa o dia todo sem fazer nada e apenas fica por aí com amigos que não têm objetivos assim como você.