Um anão com um pijama colorido em tons escuros, me aponta um ciscador de aço vermelho.
– O que? Eu não sou bruxa. - Repondo sua perginta.
– Pós se parece muito com a bruxa malvada do leste, morta por Glinda, a bruxa boa, a muito tempo atrás. - Ele encosta as pontas afiadas do ciscador em mim.
– A única coisa que sei, é que um furacão trouxe minha casa para cá, e desejo sair o quando antes. - Respondo nervosa e irritada, estou com um pouco de medo de acabar sendo morta em uma terra estranha.
– Olha garota, não meu importo como chegou, mas já que quer sair daqui, siga essa estrada de tejolos alaranjados, e desapareça da minha cidade, procure o poderoso Oz e a bruxa Glinda, talvez eles tenham capacidade de te ajudar a sair daqui.
Afirmo e vou até a estrada que ele fala, sou todo momento seguida por ele e vários anões que estavam preparados para me atacar. Ao chegar na fronteira da cidade, paro de ser seguida e fico apenas sendo observada.
– ( Se a região for toda desconfiada assim, quero sair daqui o mais rápido possível, não que aonde eu moro fosse diferente).
Sigo o caminho até ter uma bifurcação, sigo pelo esquerda que parece ter uma vila no final do caminho. Chegando no local, só vejo casas destruídas e comidas podres, coisas empoeiradas e cheias de teias de aranha.
– Uau, que local macabro. - chuto algumas coisas que estão em meu caminho só para passar o tempo, então lembro do que os empregados da casa me ensinaram.
– Se estiver sozinha em um local suspeito, encontre algo que sirva como arma. - Corro animada em procura de algo que pareça com uma arma nos destroços, a coisa que eu mais amavam eram as aulas com os empregados.
Após vasculhas muito, eu encontro um palito de aço grande e pontudo, ótimo para perfurar alguém.
– Precisaríamos de algo para colocar nossos itens de sobrevivência Totó, infelizmente está tudo queimado. - Minha barriga ronca e acabo lembrando que também estou ficando com cedo. – Aqueles anões idiotas falaram para seguirmos o caminho, e agora estamos em um lugar inútil!
Caminho até a saída da cidade e vejo que a estrada leva para um milharal, e a sua diteira uma casa com algumas tomates maduras.
– Desculpe Totó, não tem comida para você agora, eu também não gosto de tomate, mas vou deixar a carne pra você. - Faço cafuné em Totó.
Pego o tanto de tomate que o bolso da minha jardineira suporta. Sinto alguém me olhando, olho na direção e vejo um espantalho muito estranho e anormal dentro do milharal, deixo meu palito cair no susto.
– Nunca vi um espantalho tão estranho, mas até que é bonito.
– Obrigado pequeno corvo.
Fico um momento sem falar, sem pensar dou um murro no rosto espantalho e fico batendo até cansar.
– Acabou? Infelizmente seu esforço foi inútil, eu sou de pano, não sinto dor. - Me afastou do espantalho ficando preparada para atacar.
– O que é você?! Além de um espantalho.
– Na verdade eu sou um boneco voodoo que foi colocado aqui, espantalhos são muito burros, eu sou inteligente.
– E está preso ai?
– Isso não é questão de inteligência corvo, eu fui colocado aqui para um bem maior, você poderia fazer a gentileza de me soltar?
– Se foi colocado ai, significa que fez algo ruim.
– Estou aqui para fugir das pessoas que destruiram minha vila, foi o local que você pegou isso em sua mão.
Olho para o palito.
– Nada que você falou me fez acreditar em você, então eu vou embora. - Começo a seguir meu caminho.
– Eu posso te ensinar a fazer uma coisa que pode me matar pequeno corvo, é só pegar essa "varinha" em sua mão, e falar " fogo" ou só sentir o fogo com sua mente.
Dou um sorriso travesso, é óbvio que é um maluco, para brincar com ele, aponto a varinha para seu braço.
– O que? NÃO, NÃO, NÃO!!! - Ele começa a se debater agoniado.
– Fogo.
Atiro uma pequena bola de fogo na corda que prendia sua mão a cruz, o tecido do seu braço começa a queimar mas ele apenas bate na perna.
– Você é maluca?!!
– Não, meu nome é Dorothy, e o seu? - A ponto a varinha para o outro braço, porém ele sai desfazendo todos os nós rápido e fácil.
– Me chame de Voodo, você é filha que bruxa?
– Eu não conheço minha mãe, mas acho que não existem bruxas no kansas.
– Não conheço essa região em Oz, mas com certeza você é um corvo, dá pra ver sua magia. - Ele pega a varinha.
– Ei o que?!!
– FURACÃO!!!
...
Nada acontece, olho para sua cara irritada mas no fundo querendo rir desse fiasco.
– Tome, não adianta. - Ele me dá a varinha com grosseria e se senta no chão.
– O que houve?
– Eu não consigo fazer magia preso nessa forma, tudo culpa daquela mágico! Perdi tudo que eu tinha!! - Ele da um murro forte no chão.
– Eu estou indo ver o mágico para voltar para ca...
– Não vá!! Sabe o que ele e a bruxa Glinda fariam com um corvo como você?! - Ele fala alto colocando as mãos em meus ombros.
– Não! Afinal por que me chama de corvo?!! - Tiro suas mãos de meus braços, ele parece tentar se acalmar.
– Chamamos de corvos, as bruxas que tem poder para as magias das trevas, você é muito forte, então esse dom já ta na sua família a muito tempo, o casal que está dominando Oz, fez uma caça grande a muito tempo atrás, matou todos que tinham poderes das trevas, mesmo os que usavam para o bem, meus pais me transformaram em um boneco voodoo e me amarraram aqui para me salvar, mas eles queriam tentar proteger as crianças da vila, e morreram. - Ele senta no chão e respira pesado.
– Parece que conheço os vilões da história, eu vou precisar da outro jeito de ir para casa. - Me sento ao seu lado.
– Viagem entre portais é uma magia poderosa, só o mágico sabe fazer isso, eu teria todo o prazer de me vingar e você pegaria a magia dele...
Ficamos em silêncio pensando no que ele acaba de falar.
– EXATAMENTE!!!! - Falamos ao mesmo tempo.
– Eu posso tentar te ensinar magia e te ensino como eu posso voltar ao normal e te ajudar!
– Você usar sua magia avançada para se vingar e mandar eu e Totó para casa!!
– Quem é Totó?
Olho ao redor assustada pensando que ele saiu correndo, olho um pouco mais a frente e o vejo dormindo.
– É aquele cachorro ali.
– Waaaawwww!!!!
Voodo começa a pular e arrodiar Totó o chamando de fofo, incrível como ele muda de raiva para empolgação e agora alegria.
Estou mais perto de voltar para casa e acho que fiz um amigo que tem "uma magia maligna" também, não acredito que descubri mais sobre minha mãe nesse lugar estranho, espero explorar mais.

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O mal de Oz
FantasyDorothy foge de casa e em seu retorno, entra no olho de um furacão que a manda para uma terra desconhecida onde ninguém gosta de sua aparecia por lembrar uma antiga bruxa. Ela começa a explorar a região e com a ajuda de três amigos, ela descobre so...