Flor de Cerejeira

Flor de Inverno

Texto não revisado.

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Flor de Inverno.

 O local estava tomado por uma névoa densa, provocada pela alta quantidade de pessoas fumando ao mesmo tempo, mesmo na área VIP. Sentado em sua perna direita, estava um dos atuais garotos de programa mais famosos do Ruby. Com a mão direita também, ele dedilhava a curva bonita das costas daquele garoto, enquanto bebia seu Whisky.

Não costumava ir ao clube pessoalmente, mas escolheu aquele lugar para o encontro de maneira proposital. Ele podia ver nos olhos daquele homem o quanto o Ruby ainda mexia com ele. O presidente da Coreia do Sul parecia tenso, e mesmo acompanhado por seus homens de confiança, desconfiava da reunião direta com Park Haejin.

— Presidente Lee Yeonggi, é um prazer vê-lo novamente.

— Vá direto ao ponto, Park Haejin. — Ele recusou sua cordialidade de imediato, desviando o olhar por um segundo para o garoto que se derretia nos braços do Park — Você não me procurou depois de tudo o que aconteceu, e agora, "do nada", solicita uma reunião?

— Eu queria lhe oferecer algo novo, senhor — Haejin segurou o rosto do garoto em seu colo — Yang Jaein é um dos nossos melhores, atualmente. Ele não é o Dohyun, eu sei, mas pode ser exclusivamente seu se for do seu agrado.

Jaein levantou-se do colo de Haejin para se exibir ao presidente como um produto. Ele usava uma meia-calça rendada, de cor preta, junto de uma calcinha preta, que cobria suas intimidades. Na parte de cima do corpo, ele não usava nada, assim como nos pés. Duas pequenas e delicadas jóias reluziam em seus mamilos rosados, e combinavam com o gloss de seus lábios bem desenhados.

Ele também tinha cabelos longos, mas seus cabelos eram completamente brancos, ressaltando o castanho-avermelhado natural de seus olhos, e enfatizando o rosto de feições delicadas e afiadas, como as de um gato. Ele era incrivelmente belo. Yeonggi salivou ao avaliar aquela figura. Ele não era tão belo quanto seu Dohyun, mas certamente era uma jóia.

Haejin conhecia o gosto particular do presidente como ninguém.

— E então..? É um consolo por não ter sido capaz de cuidar de Dohyun? — Yeonggi não deu o braço a torcer.

Ele ainda era um homem jovem e astuto. De pernas cruzadas de maneira elegante, esticando o tecido da calça social de grife que compunha o terno cinza com o qual ele tinha aparecido ainda naquela manhã em uma coletiva de imprensa — agora resumido à calça e ao colete que abraçava seu corpo por cima da camisa social branca, ressaltando os músculos trabalhados em academia —, ele cruzou os braços e encarou o Park de maneira desafiadora.

— Senhor... o que faria se eu lhe dissesse que sei o que aconteceu com Cha Dohyun? — Haejin perguntou de maneira tranquila, tomando mais um gole de sua bebida.

— Você o que?! — Ele arregalou os olhos — Me diga. Imediatamente.

— É só uma situação hipotética — Haejin sorriu — Estou lhe oferecendo Jaein como um precioso presente, enquanto investigo a situação. Você sabe que meus homens estão em todos os lugares, não sabe? Posso conseguir qualquer coisa.

— Eu aceito. — Yeonggi respondeu — Mas, no segundo em que você souber quem está por trás de tudo, me diga. Eu faço questão de prendê-lo e torturá-lo até que ele morra, bem lentamente.