-Desse jeito parece que você tá perseguindo ele.
-Eu só stalkeei um pouco, que mal tem nisso? Ele é famoso.
-Não tem dúvida de nada não?
-Do que?
-De nada sn, só vou observar.
Quando eu me distrai Kelly pegou meu celular e ligou em chamada de vídeo.
-Merda Kelly, meu celular tá travando e eu tô de sutiã!
-Alô.
Corei quando os seus olhos foram rapidamente em direção aos meus seios deixando sua boca levemente entreaberta.
-Eu... Liguei sem querer, me desculpa.
-A, tudo bem, se você quiser conversar. Tô no tédio aqui.
-Até seu jeito de falar mudou. -sussurra Kelly.
-Cala a boca porra.
-O que?
-Nada! Achei que tinha perdido minha chave.
-E incrível é que você não levantou sua câmera em nenhum momento né.
-Kelly!
-Ele tá ficando louco de t-
-Eu vou ter que desligar tá? Até mais.
-Você desligou na cara dele?
-Olha o que você faz eu passar.
-Com o Yuto você não teve vergonha nenhuma né.
-Eu não quero estragar tudo.
-E em nenhum momento você disse que não queria ele, ele aparenta ser bem mais safado.
-Você me dá nos nervos.
-Ele não tirava o olho desses peitões seu.
-Ele perguntou se eu tô livre pra ir ver ele treinar.
-Tá querendo ver os melões de perto.
Coloquei uma blusinha transparente preta com um sutiã de renda em baixo e um short jeans rasgado para acompanhar.
-Vai impressionar ele com os melões.
-Cala a boca Kelly, essa é a minha roupa preferida que você sabe.
-Tanto que não usou ela nenhum desses dias.
-Qual tênis você prefere?
-Ui, normalmente você pega o primeiro e mais velho que vê pela frente, mas falando sério, o preto de cano alto. Acho que ele chegou, tão rápido assim, arrasa amiga depois que ele se afogar nos seus melões você me conta como foi.
-Insuportável, skate é rápido.
Quando eu abro a porta eu só posso reparar na beleza que este homem tem, mas que gostoso mano. Ele vive sorridente, com seus dentes brancos e radiantes, sua boca que dava vontade de beijar.
-Tá tudo bem?
-Sim! Estou bem e você, como vai?
Acabei encarando sua boca demais.
-Droga, avisaram que a pista de skate tá fechada.
-Por que não entra para eu fazer café?
Diz Kelly com seu sorriso de quem apronta, essa menina ainda me paga.
-Eu aceito, adoro café.
Eu não tinha o que dizer nesse momento, só apenas concordei pois realmente queria encarar a sua beleza por mais tempo.
-Enquanto a Kelly prepara o café, quer conhecer esse hotel como se fosse a minha casa? Não que tenha muita coisa de interessante, pois as nossas únicas coisas estão nas nossas bolsas e algumas coisas que tiramos da bolsa.
Ele dá uma risadinha e começa a me seguir conforme eu o mostrava. Eu queria saber o que essa infeliz da Kelly estava aprontando.
-O quarto tá uma zona, olha só esse colchão. NÉ KELLY?
Falo gritando pra ela ouvir a indireta.
-Tá nada, não ligo pra cama bagunçada só um pouco assim.
-A Kelly deu um sorriso de canto me olhando, essa menina só pensa besteira.
-Terminei meus amores. Aliás, deixe me apresentar. Prazer, meu nome é Kelly amiga da sua... Amiga.
Fala ela no seu tom ameaçador já deixando meus olhos afiados em sua direção já sabendo que qualquer coisinha eu poderia pular encima dela.
-Prazer, Augusto Akio. Skatista profissional de skateboard rumo a medalha olímpica.
Diz ele enquanto Kelly servia o café na xícara, sua especialidade era na cozinha. Mas só pra cozinhar, pois as vezes ela faz umas combinações nada haver.
-Café com batata frita kelly?
-Ué, nunca comeu?
-Não me lembro de ter visto mas é uma boa ideia.
Fala Augusto comendo uma batata frita e tomando um gole do café logo em seguida.
-Não falo nada para vocês.
Falo pegando uma batata logo em seguida.
-Você sempre fala das minhas combinações, mas logo em seguida devora.
Augusto cai na risada me deixando confusa sem saber se ficava brava com ela ou ria. Sua risada era tão sincera e boa de se ouvir, ele é bem risonho e engraçado.
-Já brincou de verdade ou desafio Augusto?
O que a Kelly tá querendo fazer? Eu sabia que ela iria aprontar alguma coisa ou seu nome não é Kelly.
-Claro, quem nunca né? Inclusive eu gosto muito e já joguei muito na minha infância e adolescência.
-Que tal a gente reviver isso? Eu adoro essa brincadeira.
-Por mim tudo bem.
Kelly eu ainda te mato! Essa menina com certeza vai fazer alguma coisa achando que a gente vai casar.
Vai ela correndo pegando uma garrafa da sua bolsa que já estava com a água completamente em temperatura ambiente.
-Eu começo.
Diz girando a garrafa na maior empolgação para na primeira vez não apontar em ninguém, mas na segunda cai na Kelly e o Augusto.
-Verdade ou desafio, Augusto?
-É verdade que você namoraria alguma garota que não é skatista?
-Claro que sim, se ela admirar o esporte e ter disposição em me ver acertar e cair, eu dedico todas as manobras a ela.
-Uiiiii sn.
-Que foi?
Akio cora percebendo a situação, mas eu não consigo ficar tão brava com ela. Se é para entrar nessa brincadeira, então tá.
-Você bebe Augusto?
-Muito.
ELA NÃO VAI FAZER UM VERDADE OU CONSEQUÊNCIA COM BEBIDA ALCOÓLICA NÃO NÉ? Se bem que eu nunca fiz...
Giro a garrafa com tudo caindo comigo e a Kelly.
-É verdade que você é bv?
Filha da mãe... Viro a primeira dose.
Augusto fica impressionado e sorri apenas.
E novamente cai pra Kelly perguntar para ele.
-É verdade que você é solteiro?
-Verdade.
Porque eu foquei totalmente na dose dele?
-Verdade ou desafio, Augusto?
Por que nunca caia em nós dois???
-Desafio você abraçar a sn.
Kelly... Eu não reclamaria.
Olho para ele esperando, ele vem e me abraça comigo sentada, sentindo a parte de cima de seu corpo inteiro, seu abraço é apertado, e eu apertava mais ainda só para sentir seu abdômen.
-Eu vou ao banheiro, diz Kelly.
Ela acha mesmo que algo vai acontecer? É mais iludida do que eu.
-Que abraço longo em.
Diz ele ainda sem soltar.
-Me desculpa!
Digo soltando rapidamente.
-Pode continuar, tá frio.
Diz ele voltando ao abraço dessa vez mais apertado ainda, e, como estava meio de pé ele me pega levantando fazendo eu ficar em seu colo envolvendo as minhas pernas em sua cintura.
Eu já tinha perdido a noção do que estava acontecendo naquele exato momento, e era muito bom, seu abraço. E olha que ele nem tinha bebido, só eu apenas uma dose.
Até que seu telefone toca e ele atende ainda me segurando, me ajeitando con apenas um braço.
-Droga, tenho que ir.
-Tudo bem, pode ir.
Ele me põe no chão com suas mãos escorregando levemente em minhas pernas, e me despede com um aperto de mão.
-Tudo isso pra depois dar um aperto de mão?
-Kelly! Dês de quando tá nos vendo?
-Eu vi tudo meu amor.
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Minha medalha olímpica - Augusto Akio
Roman pour AdolescentsQuem diria que te conheceria antes de todas.