capítulo 36 🍒

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(( Sn ))




Então estava explicado.





Mia é uma pessoa bem sensível, ela sempre fica emotiva quando algo acontece. E pensar que eu já fiz ela sofrer com a minha confusão me faz querer chorar. Todo o trauma e as lembranças que ela carrega, me deixaram pensando em tudo. No contrato, na nossa relação um tanto conturbada... no Jay...

Depois de chorar e nus consolar, eu e Mia juntas decidimos lavar o rosto e não ficar falando nem pensando muito no assunto. Não foi fácil para mim ter que calar meus pensamentos, eu quis fazer tantas perguntas sobre ela, mas entendi que se ela manteve escondido esse tempo todo era porque ela não gostava de falar no assunto.

Ela pediu pro motorista junto com uma empregada dela trazerem roupas e pertences dela e eu fui atender o meu celular lá no quintal, o Jay não parava de me ligar. Coloquei o celular no ouvido depois de atender e já estava pronta para mandar ele se lascar.

- amor me desculpa, me deixa falar por favor.

- que caralho você quer? E você não tem o direito de me chamar de amor!

- não fala assim, eu preciso me desculpar pessoalmente, onde está a Mia? Quero conversar com vocês duas.

- eu não sei e tenho mais o que fazer, eu vou desligar hoje preciso resolver minhas coisas.

- não desliga amor, eu estou indo aí na sua casa te ver. Eu preciso que me escute e depois se não quiser ficar comigo eu não vou mais te importunar.

- Jayyyy! Não faça isso, eu não vou te atender, não quero te ver! Outro dia conversamos mas hoje não! Estou de péssimo humor. - desliguei a ligação e caí no choro.

Decisões,

Emoções,

Confusões,

É tanta coisa que eu não planejei.

Bom, depois de pegar a mala e as coisas dela, Mia ficou toda feliz cantarolando enquanto guardava tudo no meu quarto, e eu fiquei com a boca aberta ao notar o tanto de roupa que ela havia jogado por cima da minha cama. Tudo roupas de grife.

- meu Deus, você tem certeza que só trouxe o básico?

- sim, eu sei que não ia caber todas as minhas roupas aqui, mas não se preocupe eu sou muito organizada e passo a maior parte do dia na minha empresa, inclusive eu tenho que ir acertar umas coisas por lá, mas antes eu vou terminar de arrumar aqui.

- não precisa, você pode deixar que eu arrumo pra você, hoje é sábado e eu não trabalho, então pode ir.

Mia sorriu e se levantou vindo na minha direção, eu me arrepiei inteira quando as mãos quentinhas repousaram na minha cintura. Um toque singelo, suave, que me fazia sentir borboletas dançando no estômago, e então eu tive um pensamento: dificilmente eu irei superar isso um dia, se algo dê errado.

- eu não sei como te agradecer, você tem sido tão boa comigo.

- não precisa agradecer por nada, já falei que você só trouxe coisas boas na minha vida. - coloquei uma mecha do cabelo da cor de mel, liso, para trás. Mia tinha um olhar doce e junto com a boquinha rosa devido ao gloss parecia deliciosa eu fiquei com vontade de beijar e morder, mas era sempre assim com ela. Não era nada forçado, tinha química e muita atração, como se eu fosse atraída pela melodia de seus movimentos, Mia parecia uma música triste e romântica, difícil de esquecer, daquelas que grudam na mente como chiclete.

- eu já vou indo, eu não vou levar o meu celular. E se não for pedir muito, faça algo gostoso para o jantar, eu vou trazer um vinho, sei que você gosta. - Se afastou e eu fiquei decepcionada porque queria o corpo dela junto do meu, mas fiquei preocupada com a carinha triste dela.

As long as you love me: Jay Park 🍒Onde histórias criam vida. Descubra agora