2 Capítulo

17 3 0
                                    

Enquanto terminava de admirar o quadro viu uma abertura na parede cercada por um vidro, com réplicas de objetos sagrados que já serviram guardiões muito importantes, que foram ou são usadas para missões difíceis, um deles já era de seu conhecimento como a espada de seu guardião, que ele usou na luta que tirou sua vida, a espada era em formato de uma serpente que copiava o movimento dos rios sagrados da Amazônia, a mesma que se encontrava na pintura que ele acabara de ver, outros objetos também chamavam sua atenção, mesmo não os conhecendo bem, por serem de outras linhagens de guardiões, havia jóias reluzentes, artefatos dos quais ele nem sonhou que viria um dia.

Enquanto admirava as relíquias ouviu um barulho de passos rápidos no fim do corredor, vendo uma garota negra segurando vestes de penas vermelhas o observando, e logo correndo rápido, o rapaz logo vai atrás da moça para questionar se ela havia visto suas orientadoras, porém a moça acaba fugindo com medo igual às outras, e então ele para novamente no corredor, percebendo que com certeza todos lá iriam o tratar assim pela sua má fama, ele desistiu voltando em direção a sua sala de cabeça baixa, quando alguém esbarra nele assim que levante a cabeça ele abre os olhos vendo um rapaz que aparentava ter a mesma idade dele, porém era um pouco mais baixo, e tinha a pele mais escura que a sua própria e olhos cinzas, olhando rápido ele viu uma durag vermelha e logo reconheceu o outro aprendiz do povo dos sacis, e não conteve a empolgação, e logo dá um sorriso mostrando as presas de cobra que possuía.

- Ah! Oi! E ai mano !?- o rapaz logo estende a mão para o outro garoto a sua frente, que nervosamente aperta a mão assustado.

- Ah... iai? A...tchau!- o outro se vira rápido indo para outro corredor sendo logo seguido.

- Ah! Nem me apresentei, Adam Mboi, eu também sou um aprendiz! É tão bom achar outro aprendiz- o rapaz de vestes vermelhas logo apressa o passo tentando se afastar do outro que não parava de falar- você é um saci né? Ouvi muito falar de vocês! Qual seu nome?

Logo o outro para bruscamente em frente a uma porta qualquer se virando pro mais alto.

- Samuel, meu nome é Samuel Pereira, falou? E tu parece um cara é... parceiro, mas eu tô ocupado tá? Preciso ir, mas a gente se encontra depois- o outro fala apressado de um jeito nervoso tentando novamente sair de fininho

- A... tudo bem - ele se afasta um pouco de cabeça baixa e com as mãos para trás.

Na hora o outro se vira rápido para sair, quando se esbarra em outra pessoa chamando a atenção dos dois, um homem ruivo, alto e forte que parecia já ser um pouco mais velho que os dois encarava o garoto que se esbarrou nele como se fosse afundar ele no chão com um soco, a expressão era mais assustadora ainda pela cicatriz que o homem tinha no olho direito, na mesma hora o menino menor correu para trás do Adam assustado com a figura em sua frente, enquanto o outro também estava imóvel.

- O que cês pensam que estão fazendo aqui?! Deveriam estar fazendo suas preparações nas suas salas!- o homem fala com uma voz alta e grossa que faz os dois se arrepiarem pela bronca.

- Nois nois nois, só estávamos conversando, é.. é perdão, nois não quer treta- ele desiste da explicação por nervosismo.

- eu deveria pegar os dois e.

- E você também não está fazendo nada mermão! Se liga!!- logo se arrependendo da interrupção pela expressão do mais velho- deu ruim...

- Eu vou colocar cês dois no lugar!- ele aperta as mãos já indo pra cima dos dois quando a porta que estava fechada ao lado dos três se abre bruscamente.

Uma menina de cabelos pretos e longos com as pontas vermelhas e onduladas, e olhos verdes reluzentes com a pele um pouco escura e com uma pintura borrada no rosto brava, sai da sala.

O QUINTO GUARDIÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora