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A casa de Liv não havia sido liberada pela sua mãe e graças àquilo, estávamos na casa do burguês vulgo Alex Ferrari. Havíamos decidido ver filmes e eu não pude deixar de reparar no quanto Alex e Lívia eram fofos, eu esperava que aquilo durasse já que Liv não costumava a se apaixonar.
Porém eu não poderia falar nada, eu havia me apaixonado pela pessoa mais aleatória possível.
Encarei Romeu que estava concentrado no filme e assim que ele percebeu, olhou para mim e então sorriu. É, eu iria babar para sempre na beleza dele e para melhorar a situação, ele ainda tinha a personalidade mais incrível do mundo. Poxa, nenhum defeito.
— Vem comigo. — Sussurrei.
Ele obviamente havia estranhado a minha ação mas deu um jeito de sair entre as pessoas espalhadas pela sala. Subi para o quarto do Alex e ele logo veio atrás, rindo assim que eu fechei a porta.
— Foi aqui que tudo começou. — Eu sorri, lembrando do nosso primeiro beijo. — Seria muito estranho se eu dissesse que quero te beijar?
Forcei uma voz grossa, ele gargalhou em seguida e então um sorriso voluntário cresceu em meu rosto. Sim, eu amava aquela risada.
— Corrigindo, é quero muito te beijar.
Me aproximei dele e então sorri, colando os nossos lábios em um selinho demorado. Eu sentia que não poderia perder mais tempo e se aquele bobo era lerdo demais, eu tomaria aquela atitude.
— Ro, você quer namorar comigo?
Ele parecia surpreso com a minha pergunta mas sorriu em seguida, fazendo com que o meu coração acelerasse. Aquilo iria acontecer toda vez que ele sorrisse? Porque se fosse, eu morreria em breve.
— Eu esperava alianças e flores, você poderia ter sido mais romântica. — Ele brincou, eu ri em seguida.
— Por enquanto nada de alianças! Imagina se eu gasto uma fortuna e você termina comigo? Por favor, eu já sou pobre e não quero piorar a minha situação.
— Eu amo a sua positividade.
— Você sabe que eu estou brincando, não é? Eu torço para poder passar o resto da minha vida com você.
Eu sorri mais uma vez, por mais que eu ainda não acreditasse em relacionamentos, eu precisava ser positiva e aproveitar todos os momentos.
— Então sim, eu aceito ser o seu namorado.
Sorri ainda mais animada e então ele me abraçou, fechei os olhos enquanto sentia o seu perfume. É, eu estava apaixonada demais e aquilo era assustador para mim.
— É louco pensar que há um mês, eu era só o seu melhor amigo.
— Você ainda é o meu melhor amigo. — Eu sorri, aquilo jamais acabaria. — Só que com benefícios.
— Nossa, você não é nada romântica.
— Eu te amo, muito. — Senti o meu coração acelerar, era tão diferente dizer aquelas três palavras quando tínhamos algo mais sério.
— Eu te amo muito mais.
Ele sorriu animado e então colou nossos lábios, enquanto eu sentia aquele frio na barriga como se fosse a primeira vez. Eu sabia que não seria fácil e que correríamos riscos mas eu não me importava, enquanto eu estivesse com ele, eu focaria apenas no presente. E viveria cada dia, como se fosse o último.
Oh Romeu Monteiro, eu quero ficar com você até sermos bem velhinhos então por favor, apenas diga que você não vai embora, nunca mais.
𝗧𝗵𝗲 𝗲𝗻𝗱
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