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Liv havia insistido para que tivéssemos a nossa própria fogueira e eu respirei aliviada. Era ótimo ficar um tempo com meus amigos e bem longe de Rosalina Hartmann ou de Diego Souza.
— E então, para fortalecer a nossa amizade, eu inventei um jogo. — Karen sorriu animada, eu tinha até medo das ideias malucas dela. — Se chama o jogo da verdade!
— Ainda estão tentando nos persuadir. — Ro sussurrou em meu ouvido, eu ri em seguida.
Estávamos dividindo o mesmo cobertor e ele me abraçou pelos ombros, enquanto tentava me proteger de todo aquele frio da floresta. O perfume dele era viciante e seu abraço era quentinho, aquele era definitivamente o melhor lugar do mundo.
— Basicamente cada um de nós vai contar um segredo! Eu garanto, é libertador! — Ela comemorou, totalmente maluca. — Eu adoraria contar mas infelizmente não estou escondendo nada, minha vida é muito chata.
Ninguém parecia animado com aquele jogo e então Liv suspirou, todos a encaramos enquanto esperávamos a bomba, ela era sempre muito sincera e intensa.
— Eu estou a fim de alguém que está nessa roda e antes que vocês me perguntem, não é o Téo.
Aquilo sim era surpreendente mas ao mesmo tempo para fácil de adivinhar, até onde eu sabia, a Liv não gostava de garotas e então só poderia ser o Alex. Afinal eu preferia acreditar que o Noah não fazia o tipo dela.
— E eu estou solteiro. — Alex riu. Oh meu Deus, eles estavam flertando?
— Acha que devemos contar a verdade? — Romeu sussurrou outra vez, me aproximei mais para dizer em seu ouvido.
— Acho que a gente precisa conversar, antes disso.
— Tem razão. — Ele então se levantou, chamando a atenção de todos. — Eu e a Juli precisamos fazer uma coisa, depois nós voltamos.
— Vocês estão fugindo? — Kaká cruzou os braços, todos eles pareciam estar muito curiosos.
— Não! E se querem saber, sim, a gente se beijou. — Dei de ombros, Ro parecia extremamente surpreso, apenas ele, já que os nossos amigos provavelmente já sabiam. — Mas somos só amigos até o momento, e sem mais perguntas!
Antes que eles pudessem ter aquelas reações exageradas, puxei Romeu pela mão, para longe das nossas barracas.
Caminhamos por alguns minutos, até chegarmos perto de um lago e longe o suficiente, de todos eles.
— Eu definitivamente não esperava por isso, você é maluca. — Ele riu, sorri ao escutar a sua risada. Tudo nele era perfeito.
— É, foi libertador. — Dei de ombros, olhando em seus olhos em seguida. — Precisamos decidir Romeu. O que nós seremos, a partir de hoje?
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