Meu amigo Laughing Jack

Matsuru.

...No chão, Matsuru agarra fortemente sua orelha ensanguentada enquanto chora.

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Ao se virar de forma desesperada para Jack, esquecendo totalmente de suas mãos queimadas e molhadas, Jack puxou de forma agressiva a sua orelha, arrancando-a com facilidade.

Com o choque, Matsuru perde o equilíbrio de cima da cadeira e cai para frente. A parte de encosto da cadeira se bate fortemente contra sua barriga quando a menininha cai no chão, institivamente levando uma mão á barriga e a outra para a sua orelha.

"Ghh... Uhhh!!!"

Matsuru obviamente não contêm suas lágrimas que rolam de forma descontrolada pelas suas bochechas, se encontrando com o sangue que escorre de sua orelha.

"Jack!"

A menina o chama, que estava em pé olhando para ela com diversão.

"A sua estrutura toda me irrita, não há o que fazer! Você é chata, sua voz é insuportável, tudo de você é irritante. Tudo de você é irritante!! Por que diabos você durou mais que um dia?!"

Jack agarra de forma agressiva os cabelos de Matsuru, arranhando seu rosto assim que fica amostra com sua outra mão.

Não conseguindo mais se segurar, Matsuru solta um grito alto, segurando nos pulsos de Jack e virando seu rosto para longe numa tentativa de se soltar.

A queimadura nas mãos de Matsuru começa a irritar, ficando vermelho e ameaçando abrir uma ferida.

Arranjando forças, a menina consegue se soltar de Jack e corre para o lugar mais óbvio que consegue pensar; se esquivando de uma mesa e um sofá, Matsuru abre a porta do quarto de sua mãe que já estava com a luz ligada.

"Mãe, mãe! O Jack!"

"Filha?! Filha, o que está acontecendo?!"

Matsuru corre para sua mãe, que a segura em seus braços no meio do caminho e analisa de forma desesperada o estado deplorável de sua filha.

"Mãe, o Jack..! O Jack 'tá me machucando!! Ele parece não querer mais ser meu amigo, mamãe!! Ele  está... Ele está na cozinha!" - Suas palavras mal saem de sua boca, soluçando e tossindo sangue.

"Jack?? Como..." - A mulher segura fortemente Matsuru em seu colo, se virando para abrir as gavetas próximas de seu armário e forma desajeitada a procura de seu celular. Até que suas mãos parecem estar vazias.

"Matsuru?!?!"

Ao se virar novamente apalpando o ar, a mulher percebe que sua filha de repente não está mais em seus braços. Freneticamente olhando ao redor e se levantando, ela corre para fora do quarto apenas para subir rapidamente para o quarto de sua filha enquanto grita o seu nome.

Entrando no quarto de sua filha, a mulher liga a luz e a procura, andando pelo quarto.

"Matsuru?! Matsuru, filha! Onde você está?!" - A mulher a chama a todo momento, seus olhos lacrimejando. Se não fosse pelas suas mãos ensanguentadas que manchavam sua camisa de tão forte que ela aperta, a mulher acreditaria que isso tudo era apenas um pesadelo horrível. Mas o som de seu celular tocando consegue leva-la á realidade.

Agarrando rapidamente o celular e andando pela casa, a mulher liga para a polícia e diz tudo o que aconteceu.

"Eu não sei quem é Jack... E-Era um amigo imaginário dela, e de repente isso acontece!! Por favor, venham logo, eu não sei onde minha filha está... Matsuru!!!"

Ao gritar mais uma vez o nome de sua criança, algo que se esbarra agressivamente na mulher, que tomba para frente e derruba o celular no chão. O celular se quebra, mas não era isso que estava chamando sua atenção.

Na sua frente, a silhueta de um homem com roupas desgastadas preto e branco com um sorriso assustador de ponta a ponta toma toda a sua visão. Recuando-se lentamente, a mulher agarra um guarda-chuva do gancho da parede e aponta a parte pontiaguda para ele.

"Você que é o Jack?! O que você fez com a minha filha?!?! Devolve a minha Matsuru!!! Pare com isso!!!"

Sem resposta alguma, ao invés disso, o palhaço apenas solta uma risada de alto e bom tom. E é quando a mulher avança em sua direção de forma rápida, empalando-o com a ponta do guarda-chuva...

...Se ele não tivesse desaparecido bem na hora.

A mulher encara com horror a cena á sua frente, largando o guarda-chuva e se ajoelhando, soltando um grito doloroso.

"MATSURU!!!!"

Ela segura a menina em seus braços. Uma grande ferida aberta em seu pescoço.

"Filha... FILHA!!! Eu... Eu matei minha menina... Eu matei a minha Matsuru..!! Matsuru, por favor, MATSURU!!!! MATSURU!!!!"

...Sem resposta alguma.

O som de sirenes aumentando gradualmente do lado de fora.