24.03.2018
6 anos atrás
Era uma noite silenciosa, a lua estava no seu ponto mais alto do céu que iluminava a rua inteira, as casas eram clareadas por postes de luzes amarelas, tinham árvores com galhos secos, era outono e de madrugada também.
Não tinha ninguém em casa, mamãe tinha ido em uma reunião de urgência sobre alguma coisa voltada às vendas de sua empresa, e o marido da mamãe pelo horário — dou uma olhada de relance e vejo o horário no relógio em cima da minha escrivania.
São 00:26.
Não demorou muito para eu ouvir os passos de sapatos andando pelo piso de mármore do casarão que eu moro.
Havia alguém subindo as escadas que dava pros quartos, o casarão era com molduras e arquitetura clássica,mamãe gostava das esculturas gregas e misturadas com as inglesas, e Carlos bom, ele gostava de ver minha mãe feliz eu acho.
A casa tinha 4 andares, o primeiro andar era onde ficava a varanda, a cozinha ,a sala de visita com alguns corredores que davam para um salão de festa, um corredor que dava pra piscina no fundo que também nesse corredor tinha a porta dos fundos da cozinha.
O segundo andar tinha o escritório, os quartos de hóspedes, o terceiro andar tinha os quartos sendo o meu, o de minha mãe e dele, uma sala com estante de livros, artigos,monumentos, bíblias, pastas com descrições e um sofá confortável uma clareira e uma mesa de centro nessa mesma sala tinha também um tapete enorme macio e cheiroso que eu gostava de ir e me deitar nele em noites frias.
E no último andar era o sótão que eu sempre preferia obter distância dele, nos invernos ele fazia uns barulhos e eu sentia a madeira de lá falar com o resto da casa, e nos verões a madeira assobiava sons esquisitos.
O mais longe possível de eu estar naquele lugar tenebroso eu adoraria.
Ouço mais passos ao decorrer que o relógio do meu quarto fazia tic-tac, eu já estava de pijama na cama coberta pronta pra virar e dormir.
Toda via ouvir a maçaneta dourada se virar e a porta branca com detalhes de flores vermelhas abrir minhas bolsinhas que ficavam penduradas na parte de trás da porta fizeram o barulho junto com a porta ao se abrir.
Meu quarto era típico de uma princesa a cama era média mais com um colchão confortável e a janela do quarto era coberta por cortinas longas de cores brancas e amarelas, minha cabeceira era branca e os lençóis daquela noite também eram amarelos o quarto era repleto de ursos e bonecas e na minha escrivania tinha um espelho redondo com luminárias brancas, tinha luzes que enfeitava o quarto pois eu tenho medo de escuro, mais não gosto de admitir .
Quando se admite seu medo as pessoas usam a favor.
Eu sei que eu sou nova, mas meu padrasto sempre me elogiava por essa inteligência.
Vejo ele entra no quarto, porém não era estranho, ele está junto com minha mãe desde que meu pai a abandonou ela estando grávida de mim, eu nascendo filha única e então Carlos conseguiu dá o melhor pra mim e pra minha mãe e eu sou grata por isso tudo que ele faz e considero ele como meu pai mesmo.
Ele sempre me dava um beijo de boa noite quando chegava do trabalho, ou contava histórias para eu dormir.
Eu viro pro lado da porta e vejo a brecha de luz do corredor entrar e invadir o ambiente, curiosa eu pergunto.
—Mamãe já chegou ? — faço uma expressão com dúvida.
—Querida, você sabe que sua mãe vai chegar tarde né ?
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The Hurricane
RomantiekEssa história se retrata de um dark romance, uma relação karmica e uma trajetória que foi dolorosa sustentar durante o caminho. A querida protagonista Maitê tem 19 anos atualmente e continua vivendo o seu presente junto com seu passado, mesmo vendo...