Aemma Arryn - 101 DC

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Oi, gente, tudo bem?

Peço desculpas pela demora em atualizar, esse capítulo foi difícil de escrever devido a minha indecisão de quando a conversa entre Aemma e Jaehaerys iria acontecer. Também demorei devido a algumas mudanças que aconteceram na minha vida recentemente: eu e meu namorado (agora marido) nos mudamos, a minha faculdade ocupa bastante tempo da minha vida e o meu trabalho é um inferno. E somente agora que fiquei doente (estou com pneumonia viral) que conseguia tempo para sentar e focar de verdade neste capítulo.

Espero que gostem!


AEMMA ARRYN 

101 DC


Uma lua havia passado desde a morte de Baelon, e o reino ainda não tinha um herdeiro.

Rhaenys e seu marido, junto com os filhos, haviam se estabelecido na Fortaleza, a pedido da rainha.

Daemon era uma alma livre, voando pelos cantos de Westeros e retornando dias depois.

Viserys continuava sendo um marido ausente, passando mais tempo com Otto Hightower do que comigo e Rhaenyra.

E eu... eu passava meus dias com o rei e minha amada menina. Rhaenyra estava tão grande e era tão mimada pelo rei, chegando a participar das reuniões do conselho, sentada em seu colo enquanto ele resolvia os problemas do reino.

Lembro de ter perguntado um dia, durante o almoço, por que ele levava Rhaenyra consigo. "Porque eu não fui um avô para você, mas posso tentar ser para ela", foi a resposta dele, e aquilo mexeu comigo mais do que deveria.

Eu não tive um avô e uma avó Targaryen como Viserys teve, eu não conheci o amor que ele conheceu, e aqui estava o rei, tentando ser bom para minha filha da maneira que não foi para mim.

"Aemma, minha querida!", o homem que um dia chamei de marido com tanto carinho entrou nos meus aposentos, esbanjando uma felicidade que há muito tempo eu não via. "O rei nos convocou para uma reunião! E tudo por sua causa, tenho certeza."

Rumores de que eu estava fazendo companhia ao rei em uma tentativa de garantir que Viserys fosse escolhido como herdeiro ganhavam cada vez mais força, e meu marido, tolo como era, acreditava naquilo de uma maneira que beirava o absurdo.

"Estou estudando, Aemma. Estou passando meus dias com Otto, ele está me preparando para ser rei! Rhaenys não terá a coroa, eu terei. Eu sentarei no trono, e nosso filho será o herdeiro do reino. Só preciso que confie em mim, minha querida. Vai valer a pena, eu prometo!", foram suas palavras ao ouvir os rumores.

"Tenho certeza de que ele anunciará sua decisão. Sei que ele convocou Daemon e Rhaenys também, e até mesmo a rainha estará presente. Mas Corlys não foi chamado", disse ele, enquanto beijava o topo da cabeça de Rhaenyra, que estava sentada no chão, brincando com algumas bonecas de pano. "Seu pai será rei, pequena, e você será uma verdadeira princesa."

"Rhaenyra e eu estaremos torcendo por você, marido", tentei sorrir, mas foi difícil.

Havia uma sensação estranha dentro de mim, um sentimento inesperado, algo parecido com medo e receio, talvez uma mistura dos dois. Era algo que parecia querer me consumir, e o sorriso de Viserys deixava tudo pior. Eu queria correr, queria pegar Rhaenyra e fugir.

Se Jaehaerys escolhesse Viserys, eu temeria pelo meu futuro.

Sei que Rhaenys nos deixaria vivendo aqui na Fortaleza, talvez até tentasse um noivado entre Rhaenyra e Laenor (e eu teria que concordar contra minha vontade, porque ela seria rainha); sei que Daemon faria de Rhaenyra uma princesa, nos deixaria vivendo aqui ou talvez nos mandasse cuidar de Pedra do Dragão em sua ausência, quem sabe até fizesse de Viserys sua Mão. Mas meu marido? Ele tomaria decisões estúpidas, me rebaixaria a uma égua reprodutora, tentaria usar Rhaenyra como moeda de aliança com alguma casa, deixaria Daemon sozinho, arruinaria a aliança dos Targaryen com os Velaryon fazendo algo ridículo.

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