Capítulo 7

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Jordan se espreguiçou, piscando os olhos fortemente ao sentir a claridade tomando seu rosto, não conseguiu se mover muito porque daquela vez Ana quem estava embolada.

Ele sorriu de forma involuntária, não conseguindo evitar, se lembrando da noite passada. Olhou para baixo, o amontoado de cabelo embaraçado sobre seu peito, a cabeça dela encolhida em si, braços e pernas em sua volta, toda envolvido em cobertores e os próprios braços de Jordan. Eles caíram no sono após Ana descobrir que tinha uma segundo camisinha na carteira de Jordan, exaustos.

Jordan nunca gostou tanto de se cansar!

Não era nada como o que já viveu em sua vida, e Ana estava nela há meses, mas era como se apenas há alguns dias ele conseguisse enxerga-la de verdade.

Não era sobre olhar para sua bunda naquelas roupas apertas e adequadamente curtas que ela usava na empresa, não era sobre ouvir sua voz firme e centrada discursando sobre sua opinião em determinado assunto que trabalhavam, e não era sobre seus sorrisinhos toda vez que ela achava que ele não estava olhando. Sempre soube que Ana tinha uma quedinha por ele, mas o tipo de coisa saudável e até normal que acontecia muito em seu trabalho.

Não era que Jordan era arrogante e convencido - ele era, mas não era essa a questão no momento - era apenas que aquele tipo de coisa acontecia, ele era bonito, rico, dono de uma empresa que era dona de outras empresas, era um ótimo partido, atraía mesmo atenção. E não seria diferente com uma garota como Ana, nova e com tantos planos ainda.

Mas não era sobre as coisas que Jordan tinha, era sobre quem ele era. Ela havia deixado claro na noite passada. E aquilo sim chamou sua atenção, aquilo nunca havia acontecido em sua vida.

Ele nunca havia dado espaço para alguém gostar dele de verdade, nunca havia deixado que ninguém o conhecesse em primeira mão para que pudesse decidir se gostava ou não.

Mas tão natural com Ana, tão automático, de repente ele estava lá, a deixando entrar em sua vida, lhe contando coisas que nunca havia sequer dito em voz alta, e ele somente apreciava ouvir suas opiniões - que nem sempre eram gentis para ele, e na maior parte ela o "xingava" e falava mal de sua personalidade - e ver seus sorrisos para tudo o que ele falava, porque ela era uma gracinha fofa.

E doida também.

Jordan riu consigo mesmo.

Nossa, que garota doida ela era!

Como ela conseguia esconder aquela personalidade no trabalho?

Ele levou a mão para seu cabelo, acariciando ali, penteando as mechas embaraçadas com os dedos, e Ana suspirou audível, o agarrando um pouco mais, toda satisfeita e confortável.

A sensação tomou todo o corpo e coração de Jordan hein, ficando quentinho, e ele piscou surpreso e chocado com o baque em si mesmo: o tanto que ele queria deixar aquela garota satisfeita e confortável todos os dias de sua vida era assombroso.

Um barulho de passos e galhos quebrando do lado de fora o chamou atenção. A propriedade era privada, então só podia ser alguém de sua família ou algum dos funcionários. Jordan se levantou, caçando suas roupas em seguida, e deu de cara com seu pai quando abriu a porta em silêncio para não acordar Ana.

_Imaginei que estivessem aqui - Carrick falou. -
Bom dia, garoto.

Jordan se espreguiçou mais uma vez, passando a mão pelo rosto ao sentir a claridade. O tempo estava um dia de verão perfeito, nada como a tempestade assustadora da noite de ontem. O céu azul, o sol em seu pico, as árvores ainda molhadas, mas tão verdes.

_Bom dia, pai - cumprimentou, fechando a porta de madeira atrás de si para preservar Ana.

A garota estava embolada em cobertores, mas ainda era possível ver que ela estava sem a parte de cima da roupa, suas costas amostras enquanto agora ela estava deitada de barriga para baixo.

 𝐀 𝐆𝐀𝐑𝐎𝐓𝐀 𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐈𝐓𝐀, 𝖩𝗈𝗋𝖽𝖺𝗇 𝖯𝗈𝗐𝖾𝗅𝗅Onde histórias criam vida. Descubra agora