4- Bash

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Curte aí a estrelinha assim vou saber que vocês querem mais capítulos do livro

E por favor se puder comente eu adoro responder vocês juro 😊
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Quantas Darling já andaram pelos corredores da casa da árvore?

Perdi as contas.

A essa altura, já estamos no piloto automático, todos os passos viraram rotina, de tanto que já os seguimos. Eu tento apaziguar com comida. Kas finge que não é como o resto, Vane é tão sutil quanto um martelo e aterroriza até conseguir as lá grimas.

Que bom que eu faço panquecas de amora gostosas pra caralho.

A darling olha tudo ao redor no caminho ate a cozinha. Estou distantemente consciente da grandeza em ruínas desta casa. Já tem centenas de anos, construída pela mão de obra por soldados coloniais que sequestramos naquela época em que era mais fácil desaparecer com homens.

Estão mortos agora. Mortais apodrecem.  Garotos Perdidos nunca morrem.

Ao cruzarmos o sótão, a darling está visivelmente curiosa sobre o dossel da Árvore do Nunca.

Quando construímos a casa, cortamos a árvore, mas, no dia seguinte, ela avia brotado de novo. Então construímos a casa em volta dela. Agora é o lar de periquitos selvagens e pixies, mas não está bonita.

As folhas estão caindo e a casca, soltando. Outro sinal de que há algo errado com a ilha, é este algo é Peter Pan.

Quando chegamos à cozinha, Kas aponta um dos bancos perto
da comprida ilha no centro daquele cômodo enorme. Janelas gradeadas tomam conta de uma parede inteira, cuja vista dá para o oceano. A cozinha sempre foi meu cômodo favorito. Cheia de luz e possibilidades.

A darling se senta.

Vane aparece e, só de se recostar, já é ameaçador.

Pego a frigideira e as tigelas, os ingredientes necessários, mas sem deixar de analisar a Darling.

Estamos todos cientes do espaço que ela ocupa.

Kas se senta ao laro da garota.

— Qual é seu nome, Darling? — O tamanho dele a apequena. Todos nós poderíamos parti-la ao meio.

— Como se essa merda importasse — dis se Vane.

Vane principalmente.

— Para de ser cabaço. — E, para a Darling, Kas fala:

— Pode ignorá-lo a maior parte do tempo. Ele sempre está enfezado.

Não. É mais como se ele fosse uma sombra implacável. Mas isso
já é de mais para a Darling nesse momento. Logo ela saberá mais.

— Mefala — diz Kas, num tom de voz descontraído.

— Winnie — res pon de ela. — É Winnie Darling.

— Prazer em finalmente conhecê-la, Winnie. Você é filha de Merry, certo?

Ela faz que sim. Um sentimento transpassa seu rosto diante da
menção à sua mãe. Derrota, penso eu.
Merry teve um tratamento injusto.

Podemos todos admitir isso.

Enquanto misturo os ingredientes, Kas a distrai, jogando conversa fora.

Todos interpretamos nossos papéis, e meu gêmeo sempre foi o guia gentil. Ele é melhor do que nós em se fingir de bonzinho. Parece mais nosso pai nessesentido.

Eu herdei a sede por sangue de nossa mãe.

Não gosto de ver uma Darling chorando,mas adoro vê-las sangrando.

O Rei da Terra do NuncaOnde histórias criam vida. Descubra agora