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Jimin
Levantei a mão trêmula para cobrir os lábios ao ler a verdade no rosto dela.
"Vejo que finalmente entendeu." deu um sorriso fraco "Está na hora de ir embora." seus ombros desabaram em uma pose derrotista.
Tzuyu passou por mim, contudo, ainda pude ouvi-la:
"Espero que um dia possa me perdoar, Jungkook."
Não houve resposta.
Desorientado, dei alguns tropeços e sentei no sofá antes que minhas pernas cedessem. Esfreguei as mãos pelo rosto enquanto outra dose de realidade era injetada em minha veia e fazia meu sistema nervoso entrar em colapso... De novo.
Flashes da conversa do banheiro rugiam em meu ouvido e se misturavam a tudo que Tzuyu me dissera agora. Entretanto, essa mescla perdia espaço quando as cenas na sala do armário explodiam como feixes de luz vermelha por baixo de minhas pálpebras cerradas.
Solucei. A dor da humilhação era tão forte que eu teria começado a chorar como um bebê se tivesse sobrado algumas lágrimas. Não sobrou. Eu desperdicei todas elas por um falso motivo... Por me sentir traído por algo que não aconteceu de verdade.
Talvez eu devesse escrever um livro intitulado O que não fazer na adolescência. Venderia milhões, eu ganharia milhões, então poderia mudar para Paris, Havaí, ou até mesmo para o Japão... Qualquer lugar onde eu não precisasse encarar as profundos olhos do Jeon.
Oh Céus! Eu teria que enfrentar a realidade, e, com isso, quero dizer encarar Jungkook. Aonde encontraria coragem para olhar em sua direção depois de tudo que revelei aquele dia no ginásio?
Pensei que nada poderia superar a vergonha que senti ontem... Doce engano. Aquela humilhação era apenas uma gota d'água se comparada ao oceano que me soterrava agora.
Toneladas de desespero me impediam de ver qualquer saída onde meu orgulho conseguisse escapar da completa aniquilação. Se é que sobrou algum fragmento de orgulho para ser salvo...
Devo ter passado uns dez minutos nessa mesma posição, apenas tentando recuperar o fôlego que esse novo golpe havia roubado. Escorreguei as mãos do rosto para os cabelos, puxando-os para trás, tentando adiar mais um pouco o inadiável.
Respirei fundo e levantei, ainda que não tivesse total confiança na cooperação das minhas pernas. Virei em sua direção. Jungkook continuava no mesmo lugar, mas sua expressão estava diferente. Os traços perfeitos mostravam um cansaço tão grande que poderia ser comparado ao meu esgotamento físico/mental. Seus olhos estavam tristes e gelados não lembravam, nem mesmo ligeiramente, a minha cor favorita preto espaço.
Não fazia a mínima ideia de como começar aquela que com toda certeza seria a discussão mais constrangedora da história da minha vida. Felizmente, Jungkook pareceu se compadecer da minha confusão e deu a primeira palavra.
"Jimin, eu sinto muito por tê-lo feito passar por tudo isso..." indicou a sala "Mas parecia não haver outro jeito para fazê-lo acreditar em mim."
Demorei um momento para responder, pois não conseguia achar minha voz e porque não reconheci a voz que falava comigo. O macio tom de veludo estava áspero e frio. E isso fez eu me encolher, pois o gelo em suas palavras fincava impiedosamente me minha pele.
"Não sei por onde começar" admiti baixinho "Está tudo tão confuso..."
"Eu sei." assentiu "Mas nós precisamos conversar. Precisamos endireitar as coisas." deu alguns passos para dentro da sala.
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Obsessão • Jikook ver.
Romance[CONCLUÍDA] Amei você quando era criança. Amei você enquanto crescia. E continuei amando você quando soube que não me queria. Park Jimin se apaixona por Jeon Jungkook no segundo em que o garoto de olhos pretos lhe dá uma flor. Jungkook vê em Jimin u...