CAPÍTULO 10.

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Kelvin

Ver Ramiro adormecido ao meu lado enquanto faltava poucos minutos para chegarmos no Rio de Janeiro era surreal, eu parecia um bobo apaixonado olhando para ele.

De fato sou um bobo apaixonado.

- Eu acabei de confirmar a teoria que é possível sentir alguém te observando mesmo de olhos fechados – ele se esticou no banco e abriu os olhos lentamente – por que está me olhando desse jeito?

- Estou te olhando assim porque eu te amo – minhas mãos foram automaticamente para sua barba. Era o meu cantinho favorito.

-  Eu te amo também, Kevin – Ramiro não é inocente e nem bobo, ele sabia exatamente o que estava fazendo quando me chamava assim e mordia meu lábio – te espero no banheiro – essa última frase ele sussurrou no meu ouvido em um tom de posse.

Por alguns segundos eu travei no lugar vendo ele se levantar e ir para o fundo do avião, tentei não parecer desesperado e fui atrás dele.  E não deu nem tempo de procurar por ele, em segundos senti sua mão em minha nuca e me puxando para dentro do banheiro.

Era impossível não parecer desesperado indo atrás de beijá-lo, mas eu sempre ficava desesperado pelo toque dele. Suas mãos me apertando era tudo que eu mais desejava depois de tanto tempo longe dele.

- Eu senti saudades dessas suas mãos grandes na minha bunda – Ramiro me beijava o pescoço com devoção – Rams eu tô pegando fogo – ele me surpreendeu quando me prensou contra a parede daquele pequeno banheiro. Seu beijo me dava sensação de tontura, de estar lentamente derretendo em seu corpo.

- Eu quero chupar você – eu não conseguia me concentrar com ele beijando e chupando meu pescoço – eu posso chupar você?

- Pode, você pode fazer o que quiser comigo – meu corpo todo estava mole e minha voz trêmula. Eu estava tão entregue…

- Tira a cueca e empina essa bundinha de pêssego pra mim – esse ordem me pegou de surpresa. Ele estava falando de beijo grego?!

- Por que você está com essa cara? Se não quiser tá tudo bem – Ramiro deixou beijos pelo meu rosto – é que eu senti muita vontade e da última vez a gente teve uma briga horrível, e para piorar foi no banheiro da faculdade. Nada ético da nossa parte.

- Nem me lembro da briga horrorosa mas eu quero, eu quero de tudo com você!! – abaixei as minhas calças e cueca e me virei como ele pediu.

Eu sequer havia apoiado minhas mãos na parede em busca de qualquer apoio, e lá estava ele me desestabilizando com suas mãos subindo por minhas coxas e afastando minhas pernas para que ficasse exatamente como ele gostaria.

Sabia que estava com o quadril empinado como era de seus grado, e por mais ansioso que estivesse por seu toque, nada me preparou para o momento exato em que senti cada um dos seus toques. Primeiro a barba esfregando em minha pele, depois os dentes mordiscando minha bunda, para só então sentir seus lábios em mim.

Eu me senti extremamente exposto quando senti suas duas mãos em minhas duas nádegas, separando-as. Por um milésimo de segundo eu me senti envergonhado com ele me observando tão atentamente.

- Para de me olhar desse jeito, está me deixando tímido – eu consegui sentir minhas bochechas queimarem.

- Kelvin você foi esculpido pedaço por pedaço, você consegue ser lindo em qualquer posição e ângulo. - sua risada foi baixa e sacana -  especialmente nessa…

Não fui capaz de retrucar. Antes que pudesse pensar em uma resposta atrevida, senti a ponta da sua língua me desenhando. Mordi o lábio inferior impedindo qualquer som, mas sabia que não estava sendo muito eficaz. Cada vez que tentava me impedir de gemer, Ramiro movimentava a língua com fome e eu me sentia sendo devorado por aquele homem.

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