─────────── • ◈ • ─────────Numa noite fria e sem vida, aonde a única coisa perceptível era a neve fria caindo no céu, ou o barulho das canções de natais ao redor das ruas que empesteavam os bairros, enquanto o cheiro de comida natalina pairava nas casas e inundavam as narinas das famílias que se reuniam para a comemoração.
Nessa noite tão congelante, escura e que ainda tinha algum tipo de beleza, uma beleza sem vida e fria. Eu estava como a noite, praticamente sem vida e congelada, me encontrava estirada no chão. Conforme sentia meu corpo afundar na neve, conseguia experimentar a umidade em minhas costas,na qual fazia o frio percorrer minhas roupas e pele.
Em uníssono ao meu coração, que começara a dar início a batimentos mais fracos, um presságio que o mesmo estava se rendendo aos longos minutos que se arrastavam, enquanto o frio severamente arrancava minha vontade de lutar.
O sangue começara a escorrer meu corpo, caindo lentamente no chão em pequenas gotas; a cor vermelha, acabava por se destacar na neve branca onde eu estava deitada, formando um contraste cruel e silencioso, conforme a dor e o frio me dominavam. Ele, o sangue, continua escorrendo sobre mim, deslizando acima de minhas costelas enquanto a gravidade fazia o mesmo cair cada vez mais, formando uma poça de sangue sob meu corpo, que lentamente ia se expandindo.
Junto com meu sangue também pude sentir minhas forças se esvaindo, um indício da minha morte já iminente. Em minha cabeça eu ficava dizendo para mim mesma "poderia ter sido pior". Todavia morrer num local completamente congelante, numa das noites mais aguardadas do ano, o Natal, não era uma boa sensação.
Talvez realmente pudesse dizer que essa foi uma péssima maneira de morrer, mas meu cérebro, na tentativa de torna a situação melhor, continuava ressoando a frase "poderia ser pior".
A noite mais feliz do ano não estava sendo tão feliz para mim. Pelo menos não iria ter família e amigos para sentir minha falta, já que meus pais se foram primeiro, e já que também não tenho amigos infelizmente terei que morrer totalmente sozinha e solitária.
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Conforme a dor aumentava mais e o sangue prosseguia se espalhando na neve, pude sentir a sensação de alguém me observando. Provavelmente estou alucinando.
Quando fiquei tão fraca, quase sem forças, no que acreditei ser meu último suspiro, esperava ao menos poder recordar os poucos momentos felizes que tive, ou talvez ver minha vida passar diante aos meus olhos como dizem que acontece. Porém, foi uma grande asneira, pois nada ocorreu. Em vez disso, tudo que eu vi foi o silêncio da neve fria e a imensão do vazio se aproximando, enquanto o mundo parecia perde as cores a cada segundo que passava.
A sensação de ter me rendido ao eterno vazio era bem mais complexa do que especulava, isso envolvia vários pensamentos, e a última coisa que realmente passou pela minha cabeça foi como as outras pessoas reagirão a minha morte. Pergunto-me se os colegas da faculdade saberão dizer quem eu era quando a notícia espalhar, se terão alguma lembrança que me defina ao em vez de uma vasta dúvida de quem eu já fui. Também me pergunto quem iria comparecer ao meu funeral, em uma cerimônia que talvez fosse marcada pela indiferença e obrigação de parentes distante ao ter que ver mais um corpo dos Montague.
No fim, como último ato de minha existência so consigo olhar para o céu, aonde minha ultima visão é a neve caindo sob mim, posso senti-la em minha pele, os flocos decaindo em meu rosto e corpo.
Então, isso seria um adeus a este mundo, não estou triste em partir, todos partimos numa hora. Quando eu atravessar a froteira entre esse mundo e o próximo, se é que ele realmente exista um próximo, espero conseguir rever os meus pais lá (morreram antes de mim), e finalmente achar paz.
E foi assim que eu, Selene Montague finalmente me despeço do mundo, após brigar com meu namorado, um desentendimento que me levou a este fim, eu com apenas 21 anos, finalmente sucumbi.
O pensamento de minha morte sendo só mais uma me assombra nesse último momento. Num mundo que continuava indiferente a minha existência e não sentiriam a falta dela.
Finalmente, dou meu ultimo suspiro, partindo desse mundo como uma jovem orfã, na qual ninguem deve se lembrar.
Uma morte marcada pela frieza do inverno e pelo vazio que agora me aguarda. Ainda tenho a esperança de encontrar algo além da escuridão que agora me consome por completo.
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Oi gente! espero que tenha gostado desse prólogo.
Já peço desculpa desde já se ouver erros ortográficos já que não sou especialista nessa área.
Essa é minha primeira história no aplicativo, e estou realmente receosa sobre o que vão achar, já que normalmente escrevo apenas para mim mesma, e no máximo amigos próximos.
Logo, ficaria grata se puserem dicas nos comentários para me ajudar a evoluir e prosseguir com a história.
Por favor, comentem e votem. Eu agradeceria de coração, e agradeço também a todos que leram até aqui.
Até o 1° capitulo🫠
Espero que estejam ansiosos, vai ser um longo caminho que passaremos juntos nessa história.
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LIGAÇÃO
FantasyApós ser brutalmente assassinada por seu namorado, Selene, uma jovem de 21 anos, desperta em uma nova realidade - uma segunda chance que ela nunca desejou. Enquanto busca respostas sobre sua nova vida, Selene descobre que nada é como parece. Entre...