CHAPTER 8| THE NEW

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Coisas novas podem ser boas. O novo, o ciclo de mudanças podem te fazer sentir novas coisas.

Mas dependeria do que você faria pela mudança e de que mudança estamos falando. E se a mudança trouxesse não apenas novos desafios, mas também novas alegrias?

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SELENE
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Continuei andando pelo labirinto de corredores. Naquele momento percebi a vastidão da casa de Odete. Era enorme. E sem Ren ou Rheron para me guiarem, parecia um verdadeiro caos, como se os corredores só fossem aumentando enquanto andava.

Após percorrer os corredores intermináveis, finalmente cheguei à uma porta, a porta que acredito que seja a dos fundos, a qual parecia ser a saída da confusão que eu buscava e necessitava naquele momento.

A visão dela trouxe uma onda de excitação e esperança. A ideia de finalmente sair daquela casa, de escapar do labirinto de segredos e sombras, era quase intoxicante.

Respirei fundo, tentando controlar a euforia que me impulsionava. No entanto, ao me aproximar da porta e ao confrontar a ideia do que poderia haver além, meu corpo hesitou. Uma sensação de paralisia tomou conta de mim. A excitação foi substituída por uma dúvida angustiante.

Mesmo que eu não confiasse totalmente, parecia que eles, de alguma forma, tinham me ajudado. Ren era gentil, sempre atento, e suas palavras calmantes pareciam dissipar um pouco da neblina de incerteza que me envolvia. Ele tinha uma forma de olhar para mim, como se pudesse ver além do que eu mostrava, e isso me deixava um pouco mais à vontade. Ren, com seus gestos preocupados e sua conversa incessante, parecia estar sempre disposto a me ajudar. Era alguém que eu sinceramente via como um possível amigo. Sua energia positiva era contagiante, e eu precisava disso em meio ao caos da minha nova realidade. Ren, com seus gestos preocupados e sua conversa incessante, parecia estar sempre disposto a me ajudar.

Era alguém que eu sinceramente via como um possível amigo. Sua energia positiva era contagiante, e eu precisava disso em meio ao caos da minha nova realidade.

E Rheron? Ele era enigmático, suas expressões muitas vezes fechadas, mas havia algo nele que parecia confiável, pelo menos um pouco. Algo nele que, me despertava raiva e, embora fosse estranho, Ren confiava nele, e essa conexão me dava esperança. Ele, mesmo de um jeito peculiar me deixava intrigada.

Porém o que quer que fosse que eu ouvi, murmurando em meio aos barulhos ensurdecedores, parecia ter mudado tudo. O que significavam aquelas conversas sobre Eliot e Odete? Era o que me deixava em dúvida se eu realmente pertencia a esse lugar, ou se havia um propósito para minha presença aqui. Eu estava ali há apenas alguns dias, e já parecia que minha vida estava imersa em uma complexidade que eu mal podia compreender.

A dúvida e o medo eram uma corrente de ferro que me prendia àquela porta. Eu me sentia dividida entre a necessidade desesperada de escapar e a incerteza sobre o que poderia estar me esperando do outro lado. A sensação de "traição" e confusão era palpável, e o medo de tomar uma decisão errada era esmagador.

Com um último olhar para a porta e para o corredor sombrio atrás de mim, senti a pressão da decisão se intensificar. A necessidade de encontrar respostas, de sair daquele lugar e buscar uma verdade que ainda me escapava, era mais forte do que o medo. Com a mente repleta de perguntas e o coração acelerado, eu sabia que precisava tomar uma decisão.

"Não achará a verdade sobre se mesma se hesitar". Uma voz ecoou em meus pensamentos, algo no fundo de minha mente, no meu interior, algo que clamava por respostas e, nao so isso, clamava pelo novo.

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