CHAPTER 7| LONELINESS

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SELENE
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A tormenta sonora parecia não ter fim, e eu lutava para manter a sanidade. O pânico se entrelaçava com a dor, e minha mente estava à beira de um colapso. Cada pedaço de conversa, cada fragmento de informação parecia um enigma que se movia fora do alcance da minha compreensão. Eu estava cercada por sombras e mistérios, e o caos externo parecia ser um reflexo do turbilhão interno que eu estava vivendo.

Tentei me erguer, os músculos tremendo sob o peso do desespero. As palavras de Ren ecoavam na minha mente, uma advertência aterradora de que algo imenso e perigoso estava em jogo. "Se virem ela... se virem o que Eliot fez... não haverá volta." A sensação de estar sendo observada, de estar em perigo iminente, era palpável. Cada barulho amplificado parecia uma ameaça, cada ruído um aviso sombrio.

O que aquilo deveria significar para mim?

A dor nos meus ouvidos começava a diminuir lentamente, mas o terror não recuava. A tempestade de sons estava se dissipando, mas as consequências da revelação permaneciam como um peso sombrio em minha mente. Meus pensamentos se voltavam para Eliot e Odete. O que era tão perigoso sobre Eliot que exigia proteção de Odete? E o que significava "entregar Eliot" na equação?

No meio ao caos um pensamento agudo atravessou minha mente: eu precisava sair dali. A sensação de confinamento.

A necessidade de descobrir a verdade era mais forte do que o medo que me paralisava. A curiosidade e a urgência se entrelaçavam, me empurrando para fora daquela prisão de incertezas.

Respirei fundo, tentando acalmar o coração acelerado. Com uma determinação renovada, me dirigi para a porta; cada passo sentindo o peso do medo e da esperança. O corredor diante de mim parecia mais sombrio e estreito.

Os corredores e quartos da casa eram mal iluminado pelas fracas chamas das velas nos candelabros. Ao passar pelo corredor minhas sombras se contorciam nas paredes, projetando formas grotescas e ameaçadoras que pareciam se mover com vida própria, não se pareciam comigo.

O ar estava pesado e úmido, carregado com o cheiro de mofo. Cada estalo do chão antigo de madeira era um lembrete do quão antigo a casa era.

Enquanto andava pela casa, me conduzi até a escada. A casa era enorme, parecia um labirinto. Continuei andando por uma dúzia de corredores, até chegar ao mais escuro deles, onde parecia nem haver velas. Meus instintos me guiavam para lá, com uma mensagem clara: "".

Naquele momento, eu só precisava andar, tomar um ar, sair da casa. Pensar.

Um som abafado e quase imperceptível capturou minha atenção - uma voz sussurrante, carregada de uma preocupação ansiosa. Era uma voz que eu não reconhecia, mas que parecia emergir das sombras, como um lamento distante. Seguindo a direção do som, meu olhar encontrou uma figura esculpida pela penumbra, quase invisível na fraca luz das velas. A presença parecia carregar um peso, uma gravidade que pressionava ainda mais sobre meus ombros.

A figura era baixa, sua forma indistinta nas sombras. A sensação de estar sendo observada, de estar em perigo iminente, se intensificava. O desespero começava a se infiltrar nas minhas veias, e eu me sentia cada vez mais como uma peça em um jogo macabro que não compreendia. A tensão no ar era palpável, e a necessidade de fugir, de escapar daquela prisão de segredos e medos, tornava-se quase insuportável.

Naquele momento descobrir da onde vinha os susurros que eu ouvia. Eram como suplicos de ajuda. De mais de uma pessoa.

Cada segundo parecia esticar, e o medo crescia como uma sombra que se expandia sobre mim. Eu estava no limite, desesperada por uma saída, ansiosa para romper com o labirinto de incertezas que me aprisionava. A angústia de não saber em quem confiar, de estar cercada por enigmas que me ameaçavam, era esmagadora.

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