Red - Parte II (au percabeth)

72.2

Nota da autora:
Oi lindos do meu coração, voltei!
Hoje é focado no Percy.
Espero que gostem! ❤️

"My beloved ghost and me
Sitting in a tree
D-Y-I-N-G"
-How Did It End?, Taylor Swift

Percy.

Chuto a bola com força e ela erra o alvo por muito, subindo até quase a cerca que dividia os campos do centro de treinamento.

Não acertei o gol nenhuma vez hoje.

Andreas une as sobrancelhas.

—Se você, que é o nosso melhor cobrador, está desse jeito...

—Estou tendo um dia ruim, só isso. —retruco, bufando. —Preciso de um tempo.

Saio andando em direção ao banco de reservas, pegando uma garrafa de plástico cheio de água no caminho. Abaixo uma das cadeiras e me jogo nela, observando os jogadores espalhados, cada um exercendo uma função no aquecimento.

Hoje é dia 18 de setembro, o que significa que faz um mês desde que completei 21 anos e me tornei 100% responsável por todas as minhas decisões. Um mês desde que Annabeth decidiu que não seríamos mais um casal.

É um dia excepcionalmente difícil. Temos um jogo depois de amanhã e a possibilidade de eu ficar de fora é grande com o desempenho péssimo que venho apresentando nas últimas partidas.

Estou tão na merda que minha mãe sugeriu que eu procurasse um terapeuta.

É

Tudo

Minha

Culpa

Abro a tampa da garrafa e jogo um pouco do líquido gelado na boca, bochechando antes de cuspir de volta no gramado.

—Pensando na loira de novo? —Andreas ocupa a cadeira ao meu lado.

Bagunço os cabelos, respirando fundo mais uma vez.

—É. —admito.

Meu colega me encara, mas não olho de volta. Dessa vez levo a água até a boca e bebo um gole generoso.

—Liga pra ela. —ele sugere. —Vai que rola uma recaída.

Meus lábios se retorcem num sorriso amargo.

—Quando Annabeth se decide a respeito de alguma coisa, ela nunca volta atrás. —mordo o lábio inferior, hesitando em completar. —E mesmo se ela quiser que eu vá até lá e fique com ela, as coisas não vão mudar. Não vai ter reconciliação. Vou ficar ainda mais fodido do que já estou.

—Mas de que outra forma você vai dar um basta nisso? —Andy questiona. —Se continuar jogando mal desse jeito, o Barcelona vai desistir de te contratar. —solto uma risadinha nasal e tenho certeza de que ele sorri, satisfeito. —Você precisa tirar ela da cabeça, cara. É sério.

Fecho a água de novo, apertando com força e finalmente erguendo os olhos para Andreas.

—Ela não vai sair da minha cabeça. —afirmo, azedo. —Eu amo ela, Andy. Acho que nunca amei ninguém assim antes e provavelmente nunca mais vou amar. Ela sempre esteve comigo em todos os momentos importantes da minha carreira, e agora que eu finalmente cheguei onde eu mais queria chegar, ela não está mais. Sabe o que isso significa pra mim? Você tem essa ideia?

A expressão dele murcha e Andreas encara os próprios pés.

—Sinto muito.

Dou de ombros.