GOLDLENTT.
(Agora.)Nossos heróis se aproximavam do Reino do Ouro, GoldLentt, voando pelos céus amarelados de um deserto que parecia não ter fim, segurando-se firmemente nas escamas e espinhos da coluna de Olimpo, o dragão verde de Croko.
- Ainda falta muito? Estou quase morrendo desidratado. - Largado sobre a pele seca do Espírito da Floresta, Vrhisto respirava quase sem forças.
- Não é tão simples, encontrar um reino dourado, em um deserto amarelo, com areia voando por toda parte a mais de mil pés de altura, filhão! - O crocodilo fazia o seu melhor, com uma luneta velha e um dragão exausto.
- O que foi? Por que está com essa cara? - O rapaz decide implicar com a feiticeira de fisionomia séria e inerte.
- Contemplando o deserto. - Sem sequer olhar para ele responde em tom neutro.
- Aaah! Fala sério! Não há nada para se contemplar! São só cactos e dunas escaldantes por todo maldito lado!
- Para um guerreiro você é bastante chato. - Gentilmente acaricia a cabeça de seu pequeno dragão, Fyre. - Não é mesmo? E respondendo, não sou fã de montar em dragões.
- Pode falar o que quiser de mim, que sou chato, preguiçoso. Mas em uma coisa me garanto, atirar com meu arco e flecha! - Sorri de orelha a orelha. - Viu como acertei o olho de Dracanian? Mais um pouco e...
- Por favor, sem mais histórias de arqueiro, vai precisar de mais do que isso se quiser matar um piromante insano, acredite. Se não fosse pelo seu sangue elfo, pela dívida e a gratidão que pessoalmente possuo por ele, já havia lhe empurrado lá para baixo. - Nayvin enfim o olha diretamente com seus olhos cor gelo.
- Gratidão ao meu sangue elfo? O que isso quer dizer? - O garoto se senta, abraçando um espinho verde escuro mais alto que ele.
- A milênios, a espécie humana se exilou nas profundezas do subsolo. Logo no primeiro século de escavações, descobriram que não foram os únicos a se esconderem em túneis...
- Se esconderem de que? - Croko interrompe descaradamente com sua dúvida fora de hora.
- De dragões pré-históricos! Agora, se me permite continuar. - A feiticeira limpa a garganta, pedindo silêncio a grosso modo. - O povo elfo também estava lá, e ajudaram os humanos. Mas o homem não come comida encantada. Entretando, ainda mais em situação de sobrevivência, a carne de um elfo, mal passada, era uma opção tentadora. - Em alto e bom tom, o estômago de Nayvin ronca anunciando o resultado de estar a horas voando sem comer nada.
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Dragon War
FantasyNo início do século XIII, uma série de catástrofes irreversíveis marcam uma era de caos entre os interesses egoístas do homem, o mal uso da feitiçaria e o sobrenatural poder de dragões gigantes.