116 estações (Entre tiros e amor)

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   Diego Nobel

Às vezes acho que é um sonho, o Matteo me ama, sempre esperei por isso e agora está acontecendo, já são duas da tarde e ganhei alta do hospital, o médico disse que agora preciso tomar o máximo de cuidado por minha gravidez ser de risco, o Matteo foi assinar os papéis para irmos para casa enquanto estou aqui acariciando meus bebês na barriga, estou com 4 meses de gestação mais minha barriga está tão grande, Luan me disse que é normal por serem gêmeos mas fico pensando se eles não estão apertados lá dentro, é estranho saber que tenho dois bebês crescendo dentro de mim, mas também fico muito feliz com isso, eles se tornam tudo para mim!

Matteo_ Você está pronto - Matteo me pergunta quando entra no quarto e quando eu pego meu celular e sigo em sua direção.

Diego_ Estou, vamos!

Saímos do hospital e vamos em direção ao carro, antes que eu pudesse abrir a porta do carro ele a abre pra mim, fiquei vermelho por isso, me sinto um adolescente descobrindo o amor outra vez, e nós dois já passamos dessa idade...

Matteo_ Você quer comer alguma coisa?

Diego_ Quero bolo de morangos.

Matteo_ Ok, vou passar na padaria para comprar para você.

Seguimos o caminho, mas ele estava indo muito devagar, o que já estava ficando chato, até mesmo uma bicicleta nos passou

Diego_ Matteo dá para ir mais rápido?

Matteo_Infelizmente não posso Diego

Diego_ Por que?

Matteo_ O médico disse que sua gravidez é de risco e que devemos tomar todos os cuidados possíveis, olha para rua Diego isso - ele diz me olhando como se fosse o óbvio - tem muito buraco e o carro balança muito, não quero machucar nossos filhos.

Ele estava exagerando, a rua estava ótima e o carro nem balançava, ele ficou paranóico...

Diego_ Vou ficar quieto.

Assim que chegamos na padaria ele entrou para comprar meu bolo, fiquei o esperando e em menos de cinco minutos ele voltou, peguei meu bolo e voltamos para casa, assim que ele estacionou o carro abriu a porta para mim novamente, não vou conseguir me acostumar com isso.

Matteo_ Me dá o bolo, vou cortar e trazer para você em um prato

O entreguei o bolo e ele foi para a cozinha o cortar como tinha dito, alguns minutos depois ele voltou com o bolo e um copo de suco natural

Já estava estranho, ele estava a mais de 30 minutos me olhando enquanto eu comia, nunca ia conseguir terminar de comer desse jeito...

Diego_  Matteo para me de olhar, você não precisa trabalhar?

Matteo_ Te observar é muito melhor...

Diego_ Mas me observar não vai dar lucros...

Matteo_ Para o meu coração é a melhor fonte de renda!

Fiquei sem palavras, o que está acontecendo, além do meu coração virar uma escola de Sama meu rosto virou um tomate, isso foi o que eu sempre sonhei mas não posso aceitar assim, Matteo me machucou muito e não acho certo simplesmente esquecer tudo porque doeu, a qualquer momento ele pode voltar a ser aquele Matteo frio e insensível comigo. Não quero criar esperanças para ser machucado outra vez.

Diego_ Acho melhor parar com isso...

Matteo_ Por que você diz isso?

Diego_ Você me machucou muito Matteo, não quero ter esperanças de que vamos ser um casal feliz quando a qualquer momento você pode voltar a ser aquele Matteo violento que me tranca por qualquer coisa que não seja do seu agrado.