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30/01/2017 –Segunda, 05:30 A

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30/01/2017 –Segunda, 05:30 A.M.
Casa da Agnes, Morgan City.

Me pergunto quando que as coisas voltaram a ficar tão atormentadas assim.

Tenho tido pesadelos todas as noites, não tenho conseguido dormir. Minhas energias estão baixas, quase esgotadas.

Me olho no pequeno espelho do banheiro apertado e passo uma mão sobre minha bochecha com uma gota escorrida do meu olho direito.

Estou me sentindo feia e sem o sentimento de Helena sobre mim.

Vovó ajeitou o meu cabelo, até mesmo a franja, antes eu tinha uma longa franja, agora ela é uma pequena franja que cobre toda a minha testa. Vó Mirla ficou a semana toda tentando me tirar o motivo dos meus cabelos estarem tão curtos do nada. Ela vivia pedindo para cortar as pontas e eu sempre recusei, de um dia para o outro, estava com eles batendo nos ombros e todo repicado. Ele era longo, escuro, chegava perto da minha bunda. De repente, as pontas estão cobrindo apenas a minha nuca e quase nada dos ombros.

Pego o laço grande e branco em cima da pia e coloco uma pequena parte do cabelo da frente para trás, forço o pregador que tinha ali e coloco entre os fios para o laço ficar preso e não sair dali.

"Comprei apenas para se sentir melhor com o que fizeram com o seu cabelo."

Eu me senti melhor. O laço é lindo e delicado, ficou bom com o tamanho do meu novo cabelo indesejado.

A buzina de sua moto toca e eu me olho uma ultima vez no espelho para ver se tem algum resquício de que estava chorando. Concluo que não. Saio do banheiro e vou direto para a sala, recolho minha mochila, vou em direção a porta e rodo as chaves a abrindo, saio e a tranco novamente.

Vovó não iria ficar em casa hoje, ela foi para um passeio de idosos em uma trilha. Eu senti a falta de suas panelas pela manhã, espero que ela volte logo.

Coloco as chaves no bolso da minha mochila e vou em direção a Nevan.

Tenho tentado ignorar sua presença depois do que ele me disse, por mas que seja quase impossível ignorar-lo.

Nevan está sempre atrás de mim.

—Está com o rosto inchado.—São as primeiras palavras e a primeira voz que escuto hoje.

—Hum...—Resmungo pegando o capacete de suas mãos.—Cai da cama enquanto dormia.—Minto.

—Pesadelos de novo?—Perguntou.

Suspiro profundo apoiando em seu ombro e subindo na moto. Troco minhas mãos de lugar, tiro-as de seu ombro e coloco na parte de trás da moto para me segurar.

—Sim.—Mentira, eu nem dormi.

Ele não diz nada em resposta, apenas se virou e fez sua moto ranger saindo dali.

Sinto o frio da manhã sobre o meu corpo e tremo da cabeça aos pés por isso.

Depois daquele evento tenebroso na escola, Chiara tem estado tensa, sumido no meia das aulas e do intervalo. Daniela não está diferente, está tensa, calada, olhando para o nada e ficando parada dentro de sua mente. E eu não tenho dormido, estou grogue frequentemente, tenho tido pesadelos com os mascarados e com Helena, isso tem me feito agir igual uma maluca.

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