A noite estava escura e silenciosa, mas não havia paz naquela aldeia. As sombras dançavam nas paredes das casas, e um cheiro de fumaça e sangue pairava no ar. Hinata, uma garotinha de apenas seis anos, estava escondida sob a mesa da sala, seu coração batia descontroladamente enquanto ela ouvia os gritos e o caos se desenrolando do lado de fora. A visão de sua família sendo atacada por um oni a atormentava, deixando-a paralisada de medo.
O oni, uma criatura aterrorizante com garras afiadas e um olhar insaciável, avançou em direção à sua casa. Hinata sentiu seu estômago revirar. O monstro estava a poucos passos dela, seus olhos famintos fixos na pequena figura que se escondia. Ela queria gritar, queria correr, mas seu corpo não respondia.
De repente, um movimento rápido cortou o ar. Um homem de cabelos negros e uma máscara no rosto apareceu, sua presença imponente fazendo o oni hesitar. Ele tinha olhos de cores diferentes, um azul profundo e um amarelo intenso, que brilhavam na escuridão. Com um movimento ágil, ele brandiu sua espada e, em um único golpe, decapitou o oni, fazendo a cabeça da criatura rolar pelo chão.
Hinata observou tudo em estado de choque, a adrenalina ainda pulsando em suas veias. O homem, após a luta, virou-se para ela, seus olhos brilhando com uma mistura de surpresa e admiração ao encontrar a garotinha paralisada sob a mesa. Ele se aproximou, a máscara cobrindo metade do seu rosto, mas sua voz era gentil.
— Tudo bem, garota? Qual é o seu nome? — perguntou ele, agachando-se para ficar ao nível dela. — Eu me chamo Iguro Obanai, sou caçador de onis.
Antes que Hinata pudesse responder, a pressão emocional e o cansaço a dominaram, e ela desmaiou. O mundo ao seu redor desapareceu em um turbilhão de escuridão.
Obanai, surpreso e preocupado, rapidamente a pegou nos braços. Ele não sabia o que fazer, mas a imagem da garotinha desmaiada em seus braços o moveu. Com cuidado, ele saiu da casa devastada, levando a pequena Hinata para longe do horror que tinha testemunhado, determinado a protegê-la a qualquer custo.
Enquanto caminhava, ele olhou para o rosto sereno da garota, seus longos cabelos azulados flutuando levemente ao vento. Algo dentro dele se aqueceu ao perceber que, mesmo em meio à tragédia, havia uma esperança. Ele faria o possível para garantir que ela não estivesse sozinha no mundo.
Continua....
Desculpa pelos erros ;)
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