Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
࿐
O sol já estava se pondo na tranquila cidade de Saquarema, onde a Seleção Brasileira de Vôlei Feminino se concentrava para os treinos. O clima na quadra era descontraído, com risadas ecoando enquanto as jogadoras se alongavam após mais um dia de trabalho intenso. O treinador Zé Roberto, conhecido por seu olhar crítico e experiente, caminhava pela quadra com sua prancheta, fazendo anotações e conversando com as atletas.
— Meninas, quero apresentar alguém muito especial para vocês. — ele anunciou, chamando a atenção de todas. As jogadoras se voltaram curiosas para o treinador, que raramente fazia esse tipo de apresentação. — Essa aqui é minha filha, S/n Guimarães.
Uma jovem de cabelos castanhos e sorriso tímido apareceu ao lado do treinador. Os olhos de S/n eram uma mistura de curiosidade e admiração enquanto ela observava o time que tanto admirava desde pequena. Vestindo um agasalho do Brasil, ela parecia confortável, mas a leve hesitação em seus gestos indicava que estar no meio de tantas estrelas do vôlei ainda era um pouco intimidador.
As jogadoras se aproximaram, uma a uma, cumprimentando S/n. Gabi Guimarães foi a primeira a dar um abraço caloroso, seguida por Carol, que comentou:
– Finalmente vamos conhecer a herdeira do Zé, hein?
Entre todas as jogadoras, foi Rosamaria Montibeller quem pareceu mais interessada. Ela se aproximou com um sorriso charmoso, notando o leve rubor nas bochechas de S/n.
— Prazer em te conhecer, S/n. — disse Rosamaria, com uma voz suave, quase provocativa. — Então, você também gosta de vôlei? Está no sangue?
Guimarães sorriu, ainda meio acanhada.
— Eu gosto sim, mas não jogo tão bem quanto vocês. Sou mais espectadora.
— Bom, assistir também é importante. — respondeu Rosamaria, piscando para ela. — Mas, se quiser, podemos te ensinar alguns truques.
A conversa continuou leve, com as jogadoras fazendo perguntas sobre S/n e contando histórias divertidas dos treinos e jogos. S/n, aos poucos, foi se soltando, rindo e participando das brincadeiras. Porém, a atenção de Rosamaria em cada palavra sua não passou despercebida, especialmente quando ela se inclinava um pouco mais para ouvir S/n ou fazia questão de estar sempre ao seu lado.
Quando a noite caiu, e o time começou a se dispersar para os quartos, Rosamaria se ofereceu para mostrar as instalações a filha do seu técnico,
— É um lugar incrível, você vai adorar. — disse ela, já puxando S/n pela mão.
Enquanto caminhavam pelos corredores, Rosamaria aproveitava cada oportunidade para fazer S/n rir, compartilhando histórias engraçadas e comentários irreverentes sobre as outras jogadoras. A conexão entre as duas crescia naturalmente.
— Espero que você fique por aqui mais vezes, S/n. — disse Rosamaria, quando finalmente chegaram ao fim do tour. — Seria bom ter mais uma Guimarães no time, mesmo que só para dar sorte.
S/n riu, sentindo seu coração acelerar.
— Pode deixar, vou considerar. — respondeu, percebendo que essa poderia ser apenas a primeira de muitas conversas com Rosamaria.
Enquanto S/n se afastava para encontrar seu pai, Rosamaria ficou observando, com um sorriso no rosto.
Assim que S/n se afastou, Rosamaria ficou por um momento parada, ainda com o sorriso no rosto, lembrando da conversa que acabara de ter. No entanto, não teve muito tempo para se perder em pensamentos, pois logo algumas de suas amigas do time se aproximaram, percebendo a interação entre ela e S/n.
Gabi Guimarães, com seu olhar afiado, foi a primeira a chegar, seguida por Julia Bergmann e Carol Gattaz. Elas trocaram olhares cúmplices antes de se posicionarem ao lado de Rosamaria, claramente prestes a iniciar uma sessão de provocações.
— E aí, Rosa, já está marcando território? — Gabi começou, rindo enquanto cutucava Rosamaria de leve. — Foi só o Zé apresentar a filha que você já foi direto, hein?
Rosamaria revirou os olhos, tentando esconder o leve rubor que subia por seu rosto.
— Deixa de besteira, Gabi. Só fui educada, como sempre.
— Educada? Ah, tá bom! — Julia brincou, imitando a voz de Rosamaria de forma exagerada. — Prazer em te conhecer, S/n. Podemos te ensinar alguns truques..."
Carol entrou na provocação, fingindo suspirar dramaticamente.
— Ai, S/N, você é tão especial! Vou te mostrar todos os cantinhos daqui! — Ela completou a imitação com uma piscadela exagerada, arrancando gargalhadas de Gabi e Julia.
Rosamaria tentou manter a compostura, mas era difícil ignorar o quão ridículo elas estavam sendo.
— Vocês são insuportáveis. — disse ela, fingindo irritação, mas com um sorriso no canto dos lábios.
— A gente só está te ajudando a perceber. — Gabi retrucou, abraçando Rosamaria pelos ombros. — Todo mundo viu o jeito que você olhou pra ela. Não dá pra esconder, Rosa.
— Olha, se você quiser, a gente pode ajudar a preparar uma estratégia de ataque. — Julia sugeriu, rindo. — Já pensou? Você e a filha do técnico? O Zé vai surtar!
Rosamaria balançou a cabeça, rindo junto com as amigas.
— Vocês viajam demais. Eu só fui simpática, como seria com qualquer outra pessoa.
— Certo, certo. — disse Carol, piscando para as outras. — Mas a gente sabe quando a Rosa está interessada. E, sinceramente, quem pode culpar você? A S/n é uma gracinha.
— Só não vai deixar o Zé perceber o que está rolando. — Gabi aconselhou, ainda em tom de brincadeira. — A última coisa que você quer é o treinador pegando no seu pé."
Rosamaria riu, mas havia um toque de verdade nas palavras de Gabi. O Zé Roberto era um treinador exigente e muito protetor, e a ideia de começar algo com a filha dele era, no mínimo, complicada.
— Vocês falam demais, isso sim. — disse Rosamaria, finalmente conseguindo se livrar dos abraços e cutucadas das amigas. — Agora vão cuidar das vidas de vocês e me deixem em paz.
Mas, ao se afastar, não pôde evitar um último sorriso, sabendo que aquelas provocações não eram completamente infundadas.
