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A casa de Carolana estava vibrando com a energia da festa. Risadas, conversas e música preenchiam o ambiente, mas, no meio de tudo aquilo, S/n e Rosamaria estavam presas em uma tensão que ninguém mais parecia perceber. Já faziam meses que estavam juntas, quase namorando, mas Rosamaria ainda insistia em manter o relacionamento escondido.
S/n, decidida a mexer com a cabeça de Rosamaria naquela noite, havia planejado seu look cuidadosamente. Vestia uma roupa que realçava suas curvas, provocante, ousada, na cor favorita de Rosamaria, e, para completar, um batom marcante. Sabia exatamente o que estava fazendo. Desde que chegaram à festa, S/n notava os olhares furtivos de Rosamaria, que não conseguia disfarçar o desejo e o ciúme que a consumia.Rosamaria, por sua vez, estava inquieta. Tentava manter-se distante, disfarçando para que ninguém percebesse o quanto aquilo a incomodava. Mantinha conversas com as outras meninas, mas seus olhos sempre voltavam para S/N, que parecia estar se divertindo com a situação. S/n, estava adorando o efeito que causava em Rosamaria, especialmente quando outros convidados começaram a se aproximar dela, flertando descaradamente. Cada risada, cada olhar, e, principalmente, cada vez que S/n afirmava estar solteira, era como uma faca cravando no coração de Rosamaria. Ela sabia que estava perdendo o controle. Era sua culpa, afinal. Há dias, S/n insistia para que Rosamaria falasse com Carol, que assumisse o relacionamento. Mas Rosamaria, com sua fama de mulherenga e o receio de enfrentar a irmã superprotetora de S/n, sempre recuava.
— Rosa, você tem que falar com a Carol. Isso tá me matando. — a frustração evidente na voz de S/n. — Eu não quero mais viver me escondendo. Eu quero ser sua, de verdade. Mas isso só vai acontecer quando você parar de ter medo da Carol.
— Agora não é o momento, S/n. — Rosamaria tinha argumentado, nervosa. — A gente tem que esperar. A Carolana... ela é super protetora com você, eu nem sei como ela vai reagir.
S/n, em resposta, lhe lançou um olhar desafiador.
— Então vamos ver até onde você consegue manter isso.
Agora, na festa, aquela frase ecoava na cabeça de Rosamaria. Ela observava S/n ser cercada por pessoas, algumas visivelmente flertando, enquanto S/n, sem se importar, ria e brincava com todos. A paciência de Rosamaria estava se esgotando. O ciúme crescia dentro dela, e o arrependimento de não ter assumido o relacionamento a corroía. Quando um dos caras colocou a mão no braço de S/n e ela não fez questão de afastá-lo, Rosamaria perdeu a cabeça.Ela atravessou o salão, passando direto pelos convidados, e foi até Canto, que estava em um canto, rindo com sua esposa, Anne. Carolana sempre foi aquela que dizia "ninguém mexe com a minha irmã", e Rosamaria sabia o quanto isso era verdade.
