Um Sonho Sem Fim

Capítulo 3

O zangado estava comigo.{...}

Naquele momento, ainda estava na zona 01, perto de entrar na 02, um pouco mais perigosa. Dei uma averiguada no guia, que foi deixado antes de ser abandonada para a morte.

- Sim, dei um nome para o lobo que quase me borrei de medo. Enquanto eu conversava sozinha, ele me observava, quase conseguia intender o que ele estava pensando sobre mim.

- Você acha que sou doida, né? Disse em voz alta, olhando bem nos olhos dele, da cor castanhos amarelados, parecia uma folha seca no outono. Bem profundo, um olhar que esconde muita coisa.

- Não sou doida, apenas falo sozinha, você tem que me intender. Quando se fica sozinho por muito tempo, você se acostuma em apenas escutar sua voz interior que, por sinal, te deixa bem louco, é melhor você dizer o que pensa em voz alta para saber que é real. No interior se mistura muitos pensamentos, nem sempre o que pensamos é o que falamos ou seguimos. Entao sempre bom falar em voz alta.

Ele continua me olhando como se tivesse ficado louca de vez.

- Zangado precisamos ir para perto do rio. Aqui neste lugar. Apontei para o lugar no mapa. Para pegar o cristal, se é que estará la ou será meu. Após isso seguir até o rio, logo a frente haverá uma ponte, dali entraremos 100% na zona laranja. Se estivermos com o cristal, a nossa estratégia e apenas sobreviver até o castelo. Senti o alhar dele sobre mim, basicamente dizendo; ela me deu um nome?! Quando me virei para frente, escutei uma soltada de ar meio inconformada com a situação. Comecei a rir, e seguir em frente.

Conforme fui andando fomos escutando mais forte o barulho do rio chegando perto, demorou umas 4 horas esse não era um lago pequeno. Aparentava corta todo continente pelo visto.
Olhando bem para o mapa reconhece o desenho é nosso antigo mapa, pangeia, antes de ser como a gente conhece hoje. Só ouvimos falar dele com a história.

Continuei com a ideia inicial de pegar o cristal ou tentar, segui para o rio, ah, uns metros antes haverá um forte de água, pode ser que o cristal esteja la, nem imagino como pegarei ele. Será que eles vão dar ele de graça, de bandeja, somente pedindo?! Disse em voz alta olhando para ele. Intendi que ele deu de ombros, não sabendo me responder, acho que ele já se acostumou comigo. Ou estou ficando louca mesmo, mas se for pensar sobre, estamos em um mundo mágico, para ele ser uma pessoa que se transforma em um lobo é dois palitos e até porque era só ele me abandonar.

E la fomos nos, conforme fomos andando a grama foi ficando cada vez mais alta, a claridade do dia estava ficando impossível de entrar onde estávamos, sumindo cada vez mais. As árvores eram enormes, muita vegetação de médio porte com copas grandes tampando a entrada de luz. E quanto mais íamos chegando perto, mas ia ficando escuro e com a coloração roxa, parecia arvores de quaresma. O chão estava com muitas flores roxa, parecendo que todo o ambiente tinha sido desenhado a mão.

Era lindo, mas já sentia uma atmosfera sendo vigiada por algo que não, queria qualquer pessoa ali, uma tenção muito grande estava no ar, enquanto andávamos para dentro. Por fim chegou uma parte que tinha uma trilha feita pelas flores que caiu, o chão estava roxo, variações entre lilas e branco, com árvores grandes fazendo um muro e de médio porte, deixando não ver nada, em volta. É assustador mais lindo.

Uma sensação de alguém estar vigiando cada passo nosso, comecei a prestar a atenção em todos meus passos a para saber qual barulho seria meu e dele. Andei um pouco, mas lento para conseguir intender o que poderia acontecer, quando me toquei já era tarde, estavam na minha frente muitos seres pequenos.

Pareciam ser criaturas carismáticas, até conversarem entre si, fazendo gestos não amigáveis apontando para nós. Eles variavam de tamanho entre 20 a 50 centímetros, seu rosto era como de um duende, orelhas variavam de pontudas e grandes para menores e pontas arredondadas, queixo triangular e nariz grande, a pele deles variavam entre verde e amarela, algo parecido, claramente não era humano.