Capítulo 5

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Lucy

   Walter acabou de sair do quarto. Não consigo respirar, minha visão está embaçada, e só escuto um barulho que parece um apito. Nada além desse som.

   Sinto que vou morrer, mas, nesse momento, um calor estranho e aconchegante me envolve. É o desconhecido. Ele está me abraçando. Eu deveria afastá-lo, mas não tenho forças para isso.

   Ele me abraça por mais dois minutos e, depois, pergunta:

   — Sayuri, está tudo bem?

   Ele me encara de forma afetuosa. Eu afasto os braços dele e digo:

   — Sim, estou bem. E meu nome não é Sayuri, é Lucy.— Eu sei que esse não é seu nome, Lucy. Agora, me explique: por que estou aqui? — disse o desconhecido, olhando para mim com curiosidade.

   — Eu te achei na rua, todo machucado. Te trouxe até aqui e cuidei de você. Agora, me diz: qual é o seu nome?

   — Meu nome é Theo. Agora tenho que ir, Lucy.

   Theo diz isso enquanto me dá um sorriso. Há algo enigmático nesse sorriso que me deixa desconfiada, como se ele soubesse mais do que está me dizendo. Sem dizer mais nada, ele vai em direção à janela e pula. Por que me sinto mal por tê-lo deixado ir?

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