"o retorno do amigo"

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Ele chega na porta do elevador sentindo Anon em suas costas com tanta energia nervosa que o deixa imprudente também, o maldito lenço está ficando molhado como diabos é possível sangrar tanto pelo nariz sem uma fratura ali? Ele sente a presença de alguém antes que outro pano esteja na sua frente, Kim olha para o homem que o segura sentindo como se sua respiração estivesse presa em sua barriga.

“Pegue, você vai fazer um desastre aqui”. É dito em inglês.

“Vegas”.

"Você está usando drogas de novo?". Kim ri, só seu primo pode perguntar esse tipo de merda sem vacilar ou com uma segunda intenção, apenas curiosidade genuína e preocupação, Kim gosta de Vegas, embora seus irmãos tenham um relacionamento difícil com ele, Kim não, eles se dão bem, Vegas costumava brincar com ele quando ele era mais novo, quando Macau nasceu ele brincava com os dois, ele começou a se distanciar quando seu pai começou o jogo doentio entre eles, mas mesmo assim ele foi legal com Kim não o colocando no jogo de seus pais, ele cuidou dele, ele veio a alguns de seus shows também, Khun não conseguia fazer isso, ele estava com tanto medo do exterior que até mesmo pensar em seu irmão vindo era assustador para ele também e Kinn, bem, Kinn nunca fala sobre sua música, eles nunca conversaram na realidade, apenas algumas vezes, então ter apenas Vegas e Cau ao seu lado nos shows era muito importante para ele, pelo menos ele tinha alguém que continuava sendo ele, ele tinha um lar, uma família.

“Não, idiota, eu estou limpo”. Kim responde esperando o maldito elevador novamente, ele troca a roupa xingando baixinho quando algumas gotas de sangue caem em sua camisa.

“Esses tipos de sangramento tendem a acontecer com cocaína, Kim, eu sei que aqueles dias foram difíceis e confusos, mas posso ajudar se você cair de novo”

Porra, às vezes ele esquece o quão ruim ele era quando caiu naquele mundo, depois da morte de sua mãe, do ódio de Kinn e Khun por ele depois disso, e claro, ele fugindo do complexo; sua vida era uma bagunça, a única maneira que ele conseguia pensar para desligar sua mente eram as drogas, ele ficou tão chapado por talvez um ano que era uma névoa em sua memória, ele se lembra das festas, das brigas e coisas estúpidas que ele fez, mas na maioria das vezes era apenas escuridão, um labirinto de dor, medo e tristeza que aparecem em seus pesadelos até agora.

"Não estou chapado ou consumindo de novo, Vegas". Ele não está, sério, ele deixou essa merda para trás quando Wik apareceu na vida dele, quando ele aprendeu que podia fingir ser outra pessoa, ele podia interpretar o ídolo perfeito com uma vida e família perfeitas enquanto ele tinha centenas de pessoas gritando por ele, amando-o, dando-lhe a voz e o reconhecimento, ele tanto desejava, a sensação de estar no palco, de fazer meninas e meninos desmaiarem, gritarem ou soluçarem às vezes era tudo o que ele precisava agora.

“Então, o que é isso?”. Ah, essa era a mesma pergunta que Kim estava se fazendo, ignorando os sinos tocando em sua mente, aqueles sinos gritando perigo, medo, morte…

“Está muito quente hoje, Vegas”

“É, hia!”. Ótimo, simplesmente ótimo, o maldito elevador estava aqui, mas quando as portas se abrem, Macau está correndo na direção deles com Pete, eles até têm a audácia de andar na maldita coisa com ele deixando Anon para esperar o outro, o olhar que ele recebe é claro para Kim, espere por mim, ele acena ainda tentando estancar o sangramento.

“Talvez eu possa ajudar, Khun Kim”, Pete oferece quando eles estão lá dentro.

“Você não precisa chamá-lo de Khun”

Estou bem, obrigado”. Vegas e ele falam ao mesmo tempo, a risada divertida de Macau faz Kim respirar um pouco mais aliviado, ele não está em perigo, ele está bem, ele se repete pela centésima vez desde que a enchente começou.

you will get better soon {Tradução} Kimchay Onde histórias criam vida. Descubra agora