Um ataque inesperado a sua família faz com que o mundo de Selena vire de cabeça para baixo. No momento mais inesperado de sua vida, ela vai ter obrigada a lutar para proteger a si e seus entes queridos enquanto sente que sua mente está se afogando n...
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Draco sentou-se no banco do compartimento do trem ao lado de Blaise. Seus pensamentos estavam bastante inquietos, mas sua expressão não demonstrava nada.
Pansy, Blaise, Goyle e Theodore se entreolharam após observá-lo. Pansy foi a primeira a quebrar o silêncio:
— Vocês já ficaram sabendo do que aconteceu com os LeClaire?
Quando Draco ouviu o sobrenome, seu estômago deu um nó e ele imediatamente virou-se para observar a vista. Ele não conseguia controlar as sensações de raiva e um vago em seu interior.
— Eu ouvi meu pai falando sobre com minha mãe. — respondeu Theodore, sua expressão impassível.
— A casa foi atacada. Estão especulando serem do Exército de Você-Sabe-Quem. — explicou Pansy, seu olhar observando Malfoy discretamente.
— Eu não duvido que tenha sido, principalmente levando em consideração o que a sra. LeClaire fez.
— Traição, você quer dizer. — retrucou Theodore, seu desgosto era, agora, inegável. — Ela se casou com um trouxa.
— Ele não é um trouxa. — apontou Blaise.
— Oh, e você defende essa gente desde quando, Zabini? — Theodore apertou os olhos para o garoto, o aborrecimento era crescente em seu tom de voz. — Minha tia é uma traidora de sangue.
Draco bufou e olhou para a janela para revirar os olhos fora da visão de Nott.
— Você tem alguma objeção, Malfoy? — perguntou-lhe Theodore.
— Minha única objeção é que você fique quieto.
Os olhos de Nott se arregalaram e todos seus amigos se entreolharam. Ele ficara exasperado, mas aquietou-se.
Aquela conversa lhe fez sentir raiva correndo por suas veias e seus músculos tencionaram, principalmente pelo tom condescendente de Nott. Ele queria falar mais, porém as palavras ficaram presas em sua garganta enquanto sentia sua mente sobrecarregada.
Ele sentiu que sua sanidade estava escorregando de si e despencando em um abismo qual ele não se atreveria a se aventurar para recuperá-la.
Poderia não estar sentindo-se daquela maneira caso estivesse cumprindo as tarefas de monitor. No entanto, ele não conseguiu se importar menos.
Draco respirou e inspirou três vezes e massageou as têmporas para tentar se acalmar. A dor em seus músculo reduziu e ele se recostou no assento.
— Você está bem, Draco? — questionou Pansy com uma voz calma e preocupada.
— Estou. — ele falou sem se virar para encará-la, seu rosto com um semblante aparentemente imperturbável.
Alguns alunos da sonserina foram avisar Blaise que Slughorn estava solicitando sua presença e de outros alunos em sua cabine.
Zabini bufou e se afastou de seus colegas, saindo pela porta de compartimento. A conversa de Draco com Pansy continuou e ele se permitiu descansar a cabeça no colo dela, fazendo-a acariciar seus fios.
A porta abriu novamente, a primeira pessoa a passar por eles foi Selena LeClaire, que o olhou por alguns instantes. A situação, de repente, tornou-se desconfortável e ele levantou a cabeça do colo de Pansy, que pareceu confusa, entretanto não o questionou. O ataque mencionado por Pansy imediatamente lhe veio à mente quando ele avistou Selena.
A garota foi em direção ao seu assento. Blaise, por outro lado, ainda estava em um impasse com a porta. Ele continuou batendo-a, mas ela acabou por abrir sozinha.
Ele caiu para o lado, no colo de Gregory Goyle. Blaise levantou rapidamente, os dois se encararam enquanto reclamavam um ao outro, tomando a atenção de algumas pessoas.
Mas a atenção de Draco estava em outro lugar e ele foi abruptamente retirado de seus devaneios quando Zabini continuou explicando o encontro com Slughorn.
— Ele não deve saber que estou aqui... — disse Draco, tentando se convencer daquilo.
— O Slughorn perguntou à LeClaire se ela tinha notícias do seu pai. — Blaise interrompeu e apontou o indicador para Theodore. — Eles pareciam ser amigos, acho que Slughorn não ficou feliz quando ele foi pego pelo Ministério, ele não parece muito interessado em Comensais da Morte.
— Grande coisa. — desdenhou Malfoy. — Nem se vou estar aqui ano que vem, que diferença faz se um velho gosta de mim ou da minha família...
A atenção dos amigos foi diretamente a ele, que deu uma explicação que não esclareceu nenhum pouco o que ele quis dizer com isso.
A viagem seguiu e ao chegarem, Pansy estendeu a mão para Draco, esperando que ele a segurasse. Ele não o fez, tinha… outros assuntos para cuidar.
Ele viu Selena saindo e avistou ela se encontrando com seu irmão na plataforma. Pansy passou ao lado dele em passos rápidos.
Porém, a mente de Draco estava em outro lugar e, no momento em que todos saíram, ele se levantou e fechou as cortinas com um agito de sua varinha. Virou-se para trás com a mandíbula cerrada e agitou a varinha mais uma vez, causando um estrondo.
