Santino's pov
Eu nunca acreditei em amor a primeira vista. Sempre achei que quem tivesse que se encontrar então o destino juntaria sozinho.
Mas acho que comigo e com meu ex namorado foi diferente. A primeira vez que o vi foi em uma de minhas apresentações, me lembro até hoje.início de flashback
"Eu deslizava perfeitamente ao redor do poste de vidro temperado, em retorno eu recebia elogios baixos e sorrisos maliciosos. — hoje farei muita grana. — pensei para mim.
Tudo decorreu normal, como de costume, a diferença é que um par de olhos castanho avelã me parou após a minha apresentação.— Olá, muito prazer. Sou, Lucas. — mostrou sua mão, na esperança de um aperto educado, mas não foi isso que eu fiz. O olhei confusa e curiosa. — Ah, perdão! Bom, acontece que eu te vi dançando de uma forma tão delicada e sensual, que não parei de pensar em você durante um único segundo. Por favor, saia comigo. — me olhou pidão e eu permaneci imóvel. Passamos um tempo assim até que eu suspirei, em seguida soltei — Tudo bem."
encerramento de flashback
Bom, após isso começamos nossa linda história de romance. Até ao momento em que ele começou a agir de forma possessiva e preocupante. É aquela velha história, o cara te trata como uma princesa e se preocupa com você e depois começa a achar que tem algum tipo de posse sobre você. Mas ai está a minha pegadinha. Eu não quero ser tratada como uma princesa.
Eu gosto de fazer as coisas por mim e ter a minha liberdade, com Lucas era impossível. Quando tudo aconteceu eu ainda era nova e chorei rios em lágrimas, era desleixada. Apesar de ter a estrutura para fazer boas apresentações.
Hoje em dia lido com tudo na vida de forma diferente, com outros olhos.
Na época eu conheci a minha melhor amiga Ananda, foi ela que me deu a força necessária para tudo. E falando em Ananda...— Você por acaso escutou o que eu disse nesses cinco minutos que passaram? — chamou minha atenção pela primeira vez naquele dia. Respondi que não com a cabeça e ela suspirou.
— Ás vezes parece que você vive no mundo da lua. Está pensando em quê dessa vez? — colocou a mão na cintura.
— Eu não sei...eu acho que me sinto nervosa para hoje. — me olhou confusa.
— Como nervosa para hoje? Você trabalha com apresentações de pole dance fazem cinco anos.
— É, eu tenho consciência disso, mas eu sempre fico nervosa domingo á noite, porque isso quer dizer que estará mais cheio, sempre foi assim...Além disso eu comprei um novo fato para vestir, e não sei se me sinto muito confiante nele. — suspirei e ela se chegou a mim.
— Sofia Santino Oliveira da Costa Lira, olhe para mim. — e como pedido, eu a olhei. — Você não tem que se sentir assustada e nem nervosa por nada. As coisas serão como o destino as programou para serem. O que eu quero dizer é, não importa o que você sentir, no final das contas tudo vai acontecer do mesmo jeito. Você estando nervosa ou não, não vai mudar nada. Entende? — Assenti com a cabeça. — E eu tenho certeza que você ficará uma gostosa com esse fato — rimos juntas. — É sério Sofi, não tem que se preocupar com nada tá? Você arrasa, sempre. — Assenti e soltei um suspiro, junto de um grande peso que estava nas minhas costas. A abracei.
— Eu não sei o que seria da minha vida sem você. — Disse ainda a abraçando e senti ela sorrindo.
— Bom, agora chega de ficar se lamentando. Coloca essa droga de uma vez que daqui a pouco temos que pegar um uber. — Disse me empurrando até ao banheiro para que eu me trocasse de uma vez, e foi isso que eu fiz.
Nos maquiamos rapidamente, confesso que dessa vez ficou melhor do que o esperado. Pegamos o uber rapidamente e seguimos viagem.
Chegamos aproximadamente pelas 22h, eu era a segunda pessoa para me apresentar, dava graças a deus mentalmente por já não me sentir tão nervosa. Entrei no camarim para ver como eu estava e tirei a roupa exterior, me senti bonita e confiante novamente.
Tudo correu como esperado e consegui bastante dinheiro. O único problema era: Dessa vez eu não tinha ninguém para me acompanhar até ao motel que eu estava acostumada a ir.
Liguei algumas vezes para Ananda, na terceira ela atendeu.— Oi So, pode falar. Eu só vi agora o celular, desculpa não ter atendido antes.
— Tudo bem. Eu...Eu não tenho ninguém para me acompanhar até ao motel, então talvez eu pegue um uber diferente do seu.
— Como assim pegar um uber diferente do meu? Você tá maluca? Mas é claro que não. A gente mora em São Paulo e já são quase meia-noite. Se você quiser podemos ir para uma balada, mas sozinha para casa você não vai.
suspirei. — Ok, tudo bem. Estou chegando na saída, espero lá por você. — desliguei.
Ápos terminar a ligação, cheguei na saída e dei graças a deus não precisar esperar, Ananda já estava lá. Assim que pedimos um uber, seguimos a viagem tranquilamente até ao nosso destino, "D-Edge."
Saímos do carro e assim que entramos vimos que estava cheia. Pedimos dois shot's de cachaça e fomos nos movendo de acordo com o som da música.— Nanda, eu já volto, vou ao banheiro. — disse, com o tom de voz elevado devido á música estridente. Ela assentiu e eu segui o caminho até o banheiro.
Eu deveria mesmo era ter ficado no meu lugar, pois meu bom humor terminou quando senti um líquido descendo pelas minhas roupas. Alguém havia se esbarrado em mim e entornado sua bebida.
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❥ desejo caloroso.
RomansaOnde, Sofia trabalha como stripper em uma boate de São paulo no horário de inverno ou Onde, Eduarda tinha recém encontrado trabalho como recepcionista em um motel, que por acaso, era o mesmo que Sofia gostava de frequentar após o seu turno