Nem Tudo São Flores

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Depois do beijo de Sal, Travis se sentem super feliz, mas depois de um tempo começou a se culpar, ja que ele não deveria sentir isso por um garoto- É pecado! Eu não deveria estar sentindo isso por Sal, não, eu não estou apaixonado por ele, não posso estar.. Ele é um homem, homens não podem se relacionar uns com os outros, principalmente eu, eu sou cristão, não posso deixar esses malditos sentimentos tomarem conta da minha pureza! Não que eu seja tão puro assim, principalmente agora que eu beijei Sal... Eu não sei oq eu posso fazer, se meu pai descobrir eu estou ferrado, ele vai me matar se descobrir sobre esses pensamentos malditos, esse beijo, tudo! É tudo culpa minha, eu deveria ter empurrado ele, qualquer coisa menos ter o beijado, poderia ter evitado esse pecado...-Travis se culpa a noite inteira, mesmo sabendo que tinha aula no outro dia ele ficou acordado se culpando por tudo que tinha feito e rezando para que seu pai não descobrisse sobre esse maldito beijo.- Pq Sal? Pq vc me beijou aquela hora?!? Se ele não tivesse me beijado eu estaria dormindo e não desperdiçando minha noite de sono por conta desse sentimento de culpa...- Travis cai no sono do nada, como se estivesse tomado um remédio para insônia. Quando abri meus olhos, eu estava no meio de uma floresta, estava sujo e molhado, quando olho para o lado eu vejo um lago com alguns peixes, algas e etc, o lago era bem bonito, mas eu não conseguia vez seu fundo, mesmo a água sendo cristalina, bem limpa e cuidada, pelo visto eu estava em um lugar bem distante da cidade. diferente da aparência bem assustadora daquela floresta, a água era bem calma, ela trazia uma sensação de paz para aquele lugar sombrio, aliás, nem tudo são flores não é mesmo? Depois de um tempo admirando os peixes que tinham naquele lago, eu decidi ir atrás de alimento, eu sei que eu poderia comer os peixes daquele lago, mas, eu não queria matar um animal tão bonito como aqueles peixes que tinham naquele lago, não sei explicar, aqueles peixes eram muito mais bonitos q um peixe comum, quando o sol batia em seus corpos eles brilhavam... Enfim, eu fui procurar alimentos para não morrer de fome, eu achei frutas em algumas árvores e as coloquei em uma cesta improvisada que eu tinha feito com uns fios de madeira, e uma tábua em um formato redondo que eu tinha achado no chão, ele não estava perfeito mas dava para o gasto. Quando minha cesta ja estava cheia de frutas, eu avistei um garoto com uma mascara que parecia uma árvore, seu pescoço tinha algo que parecia um tronco. Ele estava olhando para o lago e passando as mãos nas algas e nos peixes que passavam em sua mão, eu me aproximei dele sentando em seu lado para tentar conversar com ele ou so para fazer companhia para ele mesmo, ja que ele estava no mesmo lago que eu, então não vi problema em fazer companhia a ele. Quando eu me sentei ao seu lado ele parecia nem ter notado minha presença, eu fiquei um tempo eu silêncio enquanto eu pegava uma maça da minha cesta de frutas e comia. Quando terminei de comer a fruta ele ainda não tinha me notado ali, então tentei puxar papo com ele sem que a assustasse.

Travis- Eles são lindos né- o garoto árvore me olha assustado.- desculpa, eu realmente não queria te assustar.- Travis olha para o garoto com um sorriso meigo em seu rosto, o garoto parece não confiar muito em Travis, mas mesmo assim o garoto o respondeu.

Garoto- Esta tudo bem.. É que não estou costumado a ver pessoas assim por aqui... E sim, elas são lindas...- Ele volta a passar suas mãos no lago junto de Travis- Uma pergunta... Você esta sozinho aqui?

Travis- Sim.. Na verdade eu nem sei como vim parar aqui...- O garoto não parece muito surpreso com isso, como se isso ja fosse normal de acontecer sabe?

Garoto- Claro... Então, tem um acampamento por aqui, você gostaria de vir?- ele ergue a mão para o Travis que segura sua mão, o garoto começa a correr com o Travis de mãos dadas, mas enquanto eles estavam correndo o Travis se sente tonto e desmaia. Travis acorda- era apenas um sonho. Olho para o relógio e vejo que era 6:20AM, minha aula so começa as 7:30AM, ja que estava com tempo de sobra ele decide tomar um banho antes de ir a escola. Travis liga seu chuveiro bem quente, ja que estava bem frio na rua, enquanto Travis tomava seu banho ele sentia a água quente passar pelo seus machucados e cicatrizes, ardia muito, mas Travis ja estava acostumado com isso, depois Travis desligou seu chuveiro e foi se trocar em seu quarto na frente de um espelho enorme, Travis se sentia muito inseguro por conta de suas cicatrizes e seus machucados ainda abertos, ele se olhava no espelho com nojo de seu próprio reflexo, ele se sentia feio por tudo que seu pai tinha feito consigo, ele o odiava com todas suas forças, por Travis ele poderia morrer que não faria falta alguma, mas uma coisa que Travis não entendia era como o Sal, que além de ser lindo, era inteligente, gentil e tinha vários amigos e mesmo eu sendo um idiota com ele por 4 messes ele mesmo assim queria ser meu amigo, e ainda ter me beijado... Enfim, Travis enfaixa seus machucados que ainda estavam abertos, ja que quase todos os dias seu pai dava um jeito de abri-los, e sempre abrindo vários outros, alguns cicatrizaram so pq eu consegui fugir de casa antes da merda acontecer, então foi basicamente sorte. Depois de enfaixar meus machucados eu coloco uma calça cargo preta para esconder um corte enorme que meu pai tinha feito com vidro de garrafa de cerveja em minha canela, coloquei um moletom rosa com listras brancas q minha mãe me deu de natal, tenho saudades dela, mesmo sabendo que ela esta em paz agora longe de meu pai... Termino de me arrumar e vou pentear meu cabelo e vejo que a raiz esta começando a desbotar, eu estava sem nada para pintar meu cabelo novamente, então prendi meu cabelo para tentar esconder minha raiz, passei um pouco de base nos roxos que haviam em meu rosto. Depois fui ate a cozinha para tomar um café, fiz meu café e olhei a hora em um relógio de ponteiro que havia em cima da geladeira q marcava 6:50, terminei meu café rápido, ja que eu gosto de chegar mais cedo na escola para não precisar ficar com tanta presa para ir a sala de aula, e eu poder ir ao banheiro para ter um momento em paz, então eu pego minha mochila e saio de casa.

decepção da famíliaOnde histórias criam vida. Descubra agora