Dizem as lendas
Que o Deus do Sol
Foi amaldiçoado para não amar
E por isso seus casos terminam em tragédiasAfrodite olhou na cara de Apolo
E apagou seu brilho
Impedindo que seu amor
Fosse duradouroAcho que ela me amaldiçoou também
Pois eu quero amar
Mas não sei a quem
Ser amada intensamente
Mas sem ter por quemEntão se está me ouvindo Apolo
Me deixe ser a Andrômeda do seu Sol
Porque dois fracassos emocionais
Dariam um belo casalMe ilumine e me aqueça
Me envolva com todo seu poder
E eu pra sempre admirarei sua beleza
E seu jeito de serPorque entre os mortais
Não há quem seja bom pra mim
Ou que seja digno do meu amor sem fimMe ajude a quebrar minha maldição
E assim encerrar a sua
Levando a flecha do cupido
A andar na contramãoE faça toda minha mágoa sumir
Calando as vozes que me comparam aos outros
E que vão me destruirPorque tenho tanto amor pra dar
Mas sem ter pra onde direcionar
E tenho medo de mirar um alvo
E de novo o centro errarPor isso, me leve ao Olimpo
Ou me faça viver uma tragédia
Porque tudo o que eu quero é sentir algo
Que não esse imenso vazio
E me afogar na minha própria moléstia
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A espiral
PoesiaColetania de poemas de temas diversos. alguns com referências a outras obras outros apenas sobre uma garota passando pela ansiedade