encontros casuais

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Com o tempo, Yeosang começou a notar uma mudança em seu comportamento

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Com o tempo, Yeosang começou a notar uma mudança em seu comportamento.

Ele se pegava observando as pessoas ao seu redor de maneira diferente, buscando qualquer sinal que pudesse revelar a identidade do admirador anônimo.

E entre todos, Jongho passou a se destacar.

Ele estava sempre presente, seja no início de um ensaio, nos momentos de descanso, ou até mesmo nos corredores silenciosos do estúdio.

Yeosang não conseguia deixar de pensar na possibilidade de Jongho ser o autor das cartas, mas a ideia parecia ao mesmo tempo improvável e... tentadoramente possível.

Eles sempre foram amigos próximos, mas desde que as cartas começaram a aparecer, algo havia mudado.

As conversas entre os dois ficaram mais frequentes, mais intensas, como se ambos estivessem tentando se entender de uma maneira mais profunda.

Um dia, após mais um ensaio exaustivo, Yeosang se encontrou sozinho no estúdio, revendo os passos de uma coreografia.

Perdia a noção do tempo quando Jongho entrou, sorrindo suavemente ao vê-lo.

"Você nunca sabe a hora de parar, não é?" Jongho brincou, jogando uma garrafa de água para Yeosang.

Yeosang riu, pegando a garrafa no ar. "Acho que sou um pouco perfeccionista."

"Isso é o que torna você tão bom," Jongho respondeu, sentando-se ao lado dele no chão. "Todos nós admiramos isso em você."

A palavra "admiramos" pairou no ar, e Yeosang não conseguiu evitar o pensamento que imediatamente surgiu: seria esse um indício?

Eles começaram a conversar, sobre tudo e sobre nada, como faziam com frequência, mas dessa vez Yeosang estava mais atento a cada palavra, a cada expressão de Jongho, tentando ler algo nas entrelinhas.

"Você tem recebido aquelas cartas misteriosas ultimamente, não é?" Jongho perguntou casualmente, surpreendendo Yeosang.

O coração de Yeosang acelerou. Ele não esperava que Jongho tocasse no assunto, e muito menos com um tom tão leve. "Ah... sim, tem sido... interessante, para dizer o mínimo."

Jongho assentiu, parecendo pensativo. "Deve ser legal saber que alguém gosta de você desse jeito, mesmo que não saiba quem é."

"É, mas é meio perturbador também, não saber quem está por trás de tudo." Yeosang tentou sondar a reação de Jongho, mas seu rosto não revelava nada além de uma empatia genuína.

"Você já tem alguma ideia de quem possa ser?" Jongho perguntou, inclinando-se ligeiramente para mais perto.

Yeosang hesitou, olhando nos olhos de Jongho. Havia uma sinceridade ali, algo que o desarmava. "Ainda não," ele mentiu suavemente, desviando o olhar. "Mas acho que vou descobrir em breve."

Jongho sorriu, um sorriso que parecia conter segredos, mas talvez fosse apenas a imaginação de Yeosang. "Tenho certeza de que quem quer que seja, devem ter uma boa razão para permanecer anônimo. Às vezes, as pessoas têm medo de revelar seus sentimentos."

As palavras de Jongho ecoaram na mente de Yeosang durante o resto da noite.

Ele começou a se perguntar se o autor das cartas estava realmente com medo, e se esse medo era um reflexo da própria insegurança que Jongho poderia estar sentindo.

E se fosse ele? As peças começavam a se encaixar, mas ainda havia muitas lacunas para preencher.

Nos dias que se seguiram, Yeosang e Jongho passaram a passar mais tempo juntos. Pequenos momentos, antes irrelevantes, agora ganhavam um novo significado.

Um sorriso compartilhado, um toque casual, ou mesmo o jeito que Jongho olhava para ele quando pensava que Yeosang não estava prestando atenção.

Essa nova proximidade trouxe consigo uma mistura de sentimentos que Yeosang não estava preparado para enfrentar.

Cada vez que recebia uma nova carta, sentia-se ainda mais conectado à pessoa por trás delas, mas ao mesmo tempo, essa conexão estava se transferindo para Jongho.

Ele não conseguia mais separar as duas coisas: as palavras doces das cartas e o carinho crescente que sentia por seu amigo.

Certa tarde, enquanto caminhavam juntos para casa depois de um longo ensaio, Jongho mencionou algo que fez o coração de Yeosang saltar. "Sabe, eu nunca perguntei... mas o que você acha que faria se descobrisse quem está escrevendo as cartas?"

Yeosang parou por um instante, pegando Jongho de surpresa.

Olhou diretamente para ele, tentando ler o que havia por trás daquela pergunta.

Mas, novamente, o rosto de Jongho era uma máscara de tranquilidade.

"Eu acho que... eu gostaria de agradecer a essa pessoa," Yeosang disse, a voz ligeiramente hesitante. "Porque, de alguma forma, essas cartas têm feito meus dias melhores. Elas me fazem sentir... especial."

Jongho sorriu, mas dessa vez havia algo a mais em seu olhar, algo que fez Yeosang acreditar, por um breve momento, que estava prestes a ouvir uma revelação.

Mas Jongho apenas assentiu, mantendo o mistério vivo.

"Quem sabe, talvez um dia você possa fazer isso." ele disse suavemente, antes de mudar de assunto.

Enquanto continuavam andando, Yeosang sentiu uma mistura de frustração e esperança.

Algo estava se formando entre eles, algo mais do que apenas amizade.

E ele sabia, no fundo, que estava se aproximando de uma resposta. A questão era: ele estava pronto para isso?

 A questão era: ele estava pronto para isso?

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Cartas de Amor Anônimas | jong + sangOnde histórias criam vida. Descubra agora