- prólogo

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DOIS ANOS E MEIO ATRÁS

Era uma noite quente e barulhenta, típica de um verão em Bangkok, marcada por sons e luzes que, mesmo à distância, eram impossíveis de ignorar. A cidade estava vibrante, cheia de pessoas que tentavam aproveitar o momento, seja para celebrar a vida ou para escapar de suas rotinas.

Gawin estava sentado em uma cadeira, evitando olhar para o lado - mais precisamente, para a pessoa ao seu lado. Era um ato de covardia de sua parte, - ele sabia - mas não conseguia, de forma alguma, encarar o seu namorado que estava prestes a se tornar o seu ex.

Ambos sabiam que o que estava prestes a acontecer era inevitável. Não importava se ainda havia amor ou desejo de continuar; não era possível.

- Gawin, por favor... - Joss se levantou, movendo-se para ficar diante de Gawin. - Vamos conversar, por favor?

- Nós já conversamos demais. - Gawin soltou uma risada curta, sem humor. - Sério, conversamos demais! Você realmente acha que podemos resolver todos os nossos problemas com uma simples conversa agora? De verdade?

Gawin também se levantou, encarando Joss, que deu um passo para trás. Dessa vez, nenhum dos dois evitava o olhar do outro. Era necessário encarar a realidade.

- Você não quer nem tentar!

Gawin continuou o olhando por alguns segundos. Segundos esses que se pareciam horas, dias, semanas, meses, anos. Não conseguia deixar de pensar no quão injusta era essa acusação, como se ele estivesse desistindo tão facilmente da pessoa que mais amava no mundo.

- Sim, você está certo. - Gawin respirou fundo, percebendo a expressão perplexa de Joss. - Eu realmente não quero mais perder meu tempo com algo que eu já sei... - fez uma pausa antes de prosseguir - Não, que nós dois sabemos que tem um fim inevitável. Está fadado ao fracasso. Você acha justo continuarmos nos machucando assim?

Joss abriu a boca, mas as palavras não saíam. Havia um milhão de pensamentos que faziam sua cabeça girar e girar sem parar. Isso fazia com que ele não soubesse o que dizer. Ou talvez ele soubesse, mas não podia dizer em voz alta, não queria admitir. Queria insistir. Queria manter Gawin. Não queria aceitar que realmente era o fim.

- Então é isso? - A voz de Joss estava começando a falhar, e ele sentia os olhos se encherem de lágrimas, mas não queria chorar naquele momento.

- Eu te amo e você me ama. - Gawin suspirou, olhando para baixo. - Mas nós sabemos que apenas amor não é suficiente para manter um relacionamento. Espero que você entenda que eu realmente te amo.

Gawin se aproximou de Joss, que o afastou rapidamente.

- Não faz isso. - Joss fechou os olhos por um momento e os abriu novamente, fixando-os em Gawin. - Não diga que me ama se você está prestes a ir embora.

O silêncio se instalou, pesado e implacável. Gawin deu um passo para trás, como se também estivesse lutando contra uma força invisível que o impelia a sair. A dor era evidente em seus olhos, um reflexo do que ele estava deixando para trás.

- É justamente por eu te amar eu estou indo embora - Gawin murmurou, quase para si mesmo. - Não podemos continuar assim. Não mais.

Joss não conseguiu encontrar palavras para impedir Gawin. Sentia-se preso em um pesadelo, assistindo enquanto o amor de sua vida se afastava, sem conseguir fazer nada para mudar a situação.

Gawin se dirigiu lentamente para a porta, cada passo ressoando como um golpe no coração de Joss. Ele parou um instante na entrada, olhando para trás uma última vez, tentando memorizar o rosto de Joss em meio às lágrimas que ameaçavam cair.

- Adeus, Joss. - Gawin disse, a voz tremendo, antes de sair pela porta, deixando para trás uma tristeza que parecia não ter fim.

O som da porta se fechando ecoou no pequeno apartamento, e Joss caiu de joelhos, sentindo o peso da perda e a dor de um futuro incerto.

Continuava sendo uma noite quente e barulhenta lá fora. As pessoas continuavam aproveitando suas vidas, para o bem para o mau. Nada havia mudado. A noite continuou lá fora, indiferente à devastação que havia ocorrido dentro daquele espaço, onde duas pessoas que se amavam estavam agora separadas, cada uma seguindo um caminho diferente.

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