0.8 - narração e tweets

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Gawin

Já no palco, Gawin respirou fundo mais uma vez, fechando os olhos e ouvindo o som dos instrumentos começarem a ecoar. Sorriu e abaixou a cabeça, estalando os dedos no ritmo da música, esperando sua deixa para começar a cantar. Ainda de olhos fechados, um desconforto começou a tomar conta de si, e ele não entendia o motivo. Apesar de ser um público maior do que estava acostumado, sentia-se preparado para isso. Estava calmo - na medida do possível - até agora, então por que se sentia assim?

Esse incômodo persistia, mas ele precisava ignorá-lo e focar no que tinha que fazer: um bom show. Finalmente, começou a cantar, abriu os olhos e viu a imensa multidão que estava ali para vê-lo. Sorriu mais uma vez, enquanto continuava cantando. Não estava mais nervoso, inseguro ou desconfortável. Não tinha como. Ele havia nascido para aquilo, aquele era seu espaço de conforto, onde se sentia em casa.

Andou para o outro lado do palco, e essa foi a pior decisão que poderia ter tomado naquele momento.

Havia uma multidão de pessoas, espalhadas por todos os lados - na frente, atrás, até mesmo em outras áreas do festival. Estava lotado, seja para assisti-lo ou apenas passeando por ali. Não conseguiria contar as pessoas, nem se tirasse uma foto e tentasse aproximar. Era impossível.

Então, como ele conseguiu ver justamente a pessoa que não queria, nem podia ver?

Instintivamente, seus olhos se arregalaram de choque. Estava tão surpreso que perdeu o ritmo da música, mas rapidamente se corrigiu. Seu coração disparou, batendo violentamente. A mistura do êxtase de estar ali cantando para inúmeras pessoas e o fato de ter visto seu ex-namorado depois de tanto tempo fazia com que ele sentisse que, a qualquer momento, seu coração poderia saltar do peito e cair no chão. A ideia de tê-lo confundido com outra pessoa nem passou pela sua cabeça. Gawin jamais confundiria Joss com ninguém. Não existia ninguém como Joss. Conseguiria reconhecê-lo em qualquer circunstância, não importava qual. Ele era único.

O choque ainda presente, Gawin continuou cantando, embora sua mente estivesse desordenada e ele, desconcentrado. Ele precisava continuar. Esse era o motivo pelo qual estava ali. Olhou mais uma vez para a plateia, mas Joss já havia sumido.

Após aproximadamente 30 minutos, finalmente encerrou sua apresentação, e isso foi uma vitória ainda maior do que esperava. Ele estava com medo de não conseguir, mas conseguiu, e sentiu-se aliviado por isso. Agradeceu ao público e se despediu, saindo do palco o mais rápido possível.

— Puta que pariu. - murmurou para si mesmo. — Puta que pariu. Puta que pariu.

Caminhou até o camarim, sorrindo fraco e acenando para todos que passavam por ele e o parabenizavam. Geralmente, ele dava mais atenção, mas hoje não tinha cabeça para mais nada. Assim que chegou, entrou rapidamente e fechou a porta. Pegou uma garrafa de água que estava sobre uma mesinha e a abriu com dificuldade, suas mãos tremendo. Derramou um pouco, mas conseguiu beber alguns goles apressados. Pegou o celular, também sobre a mesa, e enviou uma mensagem para Emi.

 Pegou o celular, também sobre a mesa, e enviou uma mensagem para Emi

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