Não é com um pé de chinelo
que se entra nessa oficina,
onde escrever predomina
o pouco que revelo.São estantes e mais estantes
de palavras enfileiradas
e letras empilhadas
sobre as coisas de antes.E tem um barbante pendurado
num dos cantos da sala,
junto com um pedaço de pau
e uma antiga bengala.Ambos são poleiros
para versos perdidos
e profundos tinteiros:
livros nunca lidos!Sobre a mesa de madeira
tem pilhas de papel,
alguns pincéis e um anel;
já sobre a lareira
estão um martelo e um cinzel.Instrumentos utilizados
para gravar poemas
nestes olhos surrados:
as duas pedras-dilemas
de pesares aqui cifrados!
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Oficina
PoetryMuito cuidado ao adentrar esta oficina - ela é como um labirinto, as palavras te hipnotizam e você se perde entre os versos! No entanto, é prudente informar que talvez você acabe gostando desse cantinho curioso e empoeirado. Talvez você se divirta b...