a Tempestade e o atlas

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**Capítulo 6: A Tempestade e o Atlas**

A tarde começava a escurecer quando Anne decidiu que era hora de apresentar o Atlas para sua família. Depois de algumas semanas de encontros e risadas, ela sentia que seu coração estava mais leve e feliz ao lado dele. O relacionamento florescia, e a ideia de compartilhar essa parte de sua vida com seus pais a deixava nervosa, mas animada.

Anne arrumou o cabelo em um coque despretensioso, vestiu uma blusa confortável e uma calça jeans que sempre a deixava à vontade. Ela sabia que seus pais eram acolhedores, mas ainda assim tinha aquele frio na barriga típico antes de uma grande apresentação. O relógio marcava cinco horas da tarde quando ela ouviu a campainha da porta tocar. Era Atlas.

Ele estava lindo, como sempre. Usava uma camiseta branca que destacava seus olhos e um sorriso que iluminou o ambiente. Anne o puxou para um abraço apertado, antes de levá-lo para dentro da casa. A sala estava cheia de fotos familiares, lembranças das férias e risadas compartilhadas. Era um lugar aconchegante, onde cada canto contava uma história.

"Oi, pessoal! Esse é o Atlas," Anne apresentou com um brilho nos olhos.

Seus pais estavam na cozinha, preparando o jantar. A mãe de Anne sorriu calorosamente ao ver o jovem. "Oi, Atlas! É um prazer te conhecer! Anne fala muito sobre você!" O pai dela acenou com a cabeça enquanto lavava as mãos.

Atlas respondeu timidamente: "Oi! O prazer é meu! É ótimo finalmente conhecê-los."

Anne sentiu-se aliviada ao ver como seus pais estavam receptivos. Eles se sentaram à mesa enquanto a mãe de Anne servia um delicioso prato de macarrão ao molho pesto, acompanhado por salada fresca. Durante o jantar, a conversa fluiu naturalmente. Atlas contou algumas histórias engraçadas sobre sua infância e como começou a tocar violão, enquanto os pais de Anne compartilhavam memórias sobre as travessuras dela quando era pequena.

No entanto, enquanto a animação tomava conta da mesa, nuvens escuras começaram a se formar lá fora. O céu foi ficando mais sombrio e logo os primeiros trovões foram ouvidos ao longe. Anne olhou pela janela e viu as gotas de chuva começando a cair pesadamente.

"Parece que vai chover muito," comentou seu pai, olhando para fora com preocupação.

"Espero que não tenha tempestade," disse a mãe de Anne, já começando a preparar algumas toalhas para possíveis vazamentos.

Assim que terminaram o jantar, o barulho da chuva se intensificou. As gotas batiam contra as janelas como se quisessem entrar na casa. Atlas olhou para Anne com um sorriso nervoso. "Você acha que eu consigo pegar meu violão lá fora?" ele brincou.

Anne riu e respondeu: "Só se você quiser fazer uma serenata para os peixes!"

A tempestade parecia querer se instalar por ali. Relâmpagos iluminavam o céu e os trovões pareciam estar cada vez mais próximos. Os pais de Anne decidiram que era melhor se acomodar na sala com alguns cobertores e assistir filmes enquanto a chuva caía lá fora.

"Vamos ficar aqui até passar," disse sua mãe com um olhar tranquilo.

Atlas e Anne se sentaram próximos no sofá, cercados pelos pais dela. O filme começou, mas a atenção deles logo se desviou para as janelas embaçadas pela chuva torrencial. Cada trovão fazia os dois se entreolharem e rirem nervosamente.

Depois de algum tempo assistindo ao filme, os pais de Anne decidiram ir para o quarto deles descansar um pouco mais cedo devido à tempestade intensa lá fora.

"Quer ficar aqui comigo?" Anne perguntou para Atlas em voz baixa quando percebeu que estavam sozinhos na sala.

"Claro! Só espero que não haja vazamento no meu lugar favorito," ele respondeu brincando com um sorriso maroto.

Assim que os pais saíram do ambiente, eles trocaram olhares cúmplices e não conseguiram conter as risadas nervosas pela situação inusitada da tempestade. A tensão no ar era palpável; eles estavam juntos em um momento íntimo e divertido.

"Vamos para o meu quarto?" sugeriu Anne com um brilho nos olhos.

Atlas assentiu rapidamente e os dois subiram as escadas juntos, rindo enquanto tentavam evitar os estalos dos trovões mais próximos. Assim que entraram no quarto dela, Atlas olhou ao redor admirando como era pessoal aquele espaço - cheio de fotos dela com amigos, pôsteres de bandas favoritas e livros empilhados por todo lado.

"Seu quarto é incrível!" ele exclamou genuinamente impressionado.

"Obrigada! Eu gosto dele," disse Anne timidamente enquanto fechava a porta atrás deles.

A chuva continuava forte do lado de fora, criando uma trilha sonora perfeita para aquele momento especial entre eles. Eles se acomodaram na cama; Atlas puxou alguns travesseiros para trás deles enquanto Anne pegava uma coberta quentinha do armário.

"Parece tão aconchegante aqui," comentou Atlas enquanto se ajeitavam confortavelmente sob as cobertas.

Anne sorriu ao sentir a proximidade dele; suas mãos quase se tocaram sob a coberta. A atmosfera estava carregada de expectativa e carinho mútuo. "É mesmo... Melhor do que assistir ao filme lá embaixo."

A conexão entre eles parecia crescer ainda mais naquele momento íntimo à medida que trocavam olhares profundos e sorrisos tímidos. A cada trovão que retumbava lá fora, eles trocavam risadinhas nervosas até que finalmente Atlas tomou coragem e segurou a mão dela delicadamente.

"Você sabe... eu realmente gosto muito de você," ele disse suavemente olhando nos olhos dela.

Anne sentiu seu coração acelerar ao ouvir aquelas palavras sinceras; nunca tinha se sentido tão especial antes. "Eu também gosto muito de você," ela respondeu sem hesitar.

O clima estava perfeito; eles estavam juntos em meio à tempestade do lado de fora, protegidos por aquela pequena bolha onde apenas existia aquele momento entre eles. Com toda aquela cumplicidade no ar, Atlas lentamente inclinou-se para frente; seus lábios se encontraram em um beijo suave e doce que fez todo o mundo ao redor desaparecer por alguns instantes.

A tempestade rugia do lado de fora enquanto eles trocavam carinhos sob as cobertas quentes; tudo parecia certo naquele momento mágico entre dois corações apaixonados que agora eram inseparáveis em meio à chuva intensa.

O resto da noite passou entre risos suaves e sussurros carinhosos enquanto o mundo exterior continuava sua dança tempestuosa; dentro daquele quarto acolhedor, tudo era amor e segurança - exatamente onde ambos desejavam estar.

***𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑡𝑖𝑛𝑜𝑠 𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑗𝑜𝑠***  (Soft)Onde histórias criam vida. Descubra agora